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Título: Brevíssimas 22
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 25/11/2009
 

Ex-aluno, amigo e por uns tempos desaparecido. Assim que me encontra, vai logo perguntando:

-- E o jornalismo? O que tem achado? A coisa está pegando lá na redação. Todos criticam. Até os boys do jornal reclamam!

Não cabe dar nome aos bois – ou melhor, ao jornal. Todos parecem estar vivendo o tal momento de transição.

Digo que ando um tanto cético com esses novos tempos e concluo com uma velha máxima das redações.

-- Todos falam que vão mudar isso, aquilo e aquiloutro -- no fim, tudo permanece como está. Antes se dizia que as reformas nos jornais se limitavam a tirar os fios e colocar os fios nas páginas.

Estou distante da lida, por isso quero encerrar o assunto por aqui.

Mas ele insiste:

-- Mestre, fazer matérias sem pé nem cabeça acho que nunca foi o propósito! É mais sensato deixar o jornal do jeito que era pra ser, com texto bem grande e matérias bem produzidas. Para ler coisinha curta, acesso a internet.

Faz sentido a observação.

Mas, mudo de assunto e lhe pergunto como vai a vida.

Não era tempo, nem lugar para discutir os novos caminhos do jornalismo sob a égide do Youtube e do CQC...


II.

Via email, recebo notícias de uma velha amiga.

Está feliz com o novo relacionamento:

“Eu enfrento o desafio de uma nova família. Mas todos parecem gostar de mim. Meus sogros são amorosos e sinceros e os meus filhos não têm nada contra. São costumes e histórias diferentes. Italianos, falantes. Ontem, um sujeito bateu no meu carro. Não tive culpa mesmo
e o tal foi gentil. Disse que iria me pagar os prejuízos, só que os documentos, o celular, a placa do carro, eram todos falsos. Ele fugiu. Paciência. Como tem gente sem caráter neste mundo!”

Não sei o porquê, mas ela me lembrou uma personagem das novelas de Manoel Carlos. Com altos e baixos na mesma cena.



III.

“Hoje o País é reconhecido e Lula é uma liderança mundial.

Viajo pelo mundo todo e fico vendo.

Os repórteres só me perguntam disso:

o Brasil, o Brasil...

Eu fico pensando:

O que vou dizer a eles?

Não tenho nada a dizer.

Eu sou o Brasil.”


Gilberto Gil, em entrevista ao repórter Ivan Marsiglia, publicada domingo (dia 22) em O Estado de S. Paulo

 
 
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