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Título: O reencontro com a Scalla FM
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 19/06/2011
 

Encontro ontem uma velha conhecida.

A Scalla FM.

Está no 102,9 do dial.

Há tempos não tinha notícias da emissora que tem como programação única e exclusivamente músicas instrumentais, dessas que “animam” as salas de espera de consultórios, os elevadores, as barbearias e afins.

Aliás, foi exatamente em uma barbearia que se deu o reencontro.

Enquanto aguardava a vez de ser atendido e mesmo durante a operação de ajeitar os fios de cabelos que ainda me restam (também chamados de heróis da resistência), pude me deleitar com o desfile de antigos sucessos em versão orquestrada - e dá-lhe Ennio Morricone, Ray Connif, Românticos de Cuba , Orquestra Tabajara e afins.

(Ontem senti falta do grande Grenn Miller. Mas, sei que não faltará oportunidade.)

II.

Não sou exatamente um fã inveterado desse gênero de música.

Mas, tenho uma ligação de afeto com a Scalla.

A emissora foi criada aí por volta de 1982, 83 e um dileto amigo Álvaro Soares foi chamado para coordenar e implantar o projeto. Ao mesmo tempo, ousado e conservador; exatamente porque estava na contramão do que se vivia à época – a explosão das FMs voltadas quase que exclusivamente para o público jovem e roqueiro, de linguagem despojada. A Scalla apostava na origem das FMs, que reunia uma locução discreta à uma categorizada seleção musical.

A rádio foi um sucesso imediato.

Tanto que logo o Álvaro recebeu um convite da Gazeta FM para implantar a mesma programação na emissora da avenida Paulista.

A Scala pertencia ao Diário do Grande ABC, e tinha sede em São Bernardo, com alcance reduzido.

Álvaro topou o desafio. Mudou de casa.

Mas, não foi tão feliz.

A experiência durou, se tanto, três meses.

III.

O Álvaro ficou desolado – e caiu no mundo.

Desapareceu.

Nunca mais soube dele.

Desconfio que a Scalla foi o grande momento de sua vida profissional.

Ontem, reencontrei a emissora, revivi as lembranças.

Agora, espero rever o amigo...

IV.

Até porque a vida não é muito mais do que o aviso que Miltão, o barbeiro, dá ao cliente quando encerra o serviço:

-- Pronto. Tá novo de novo. Vamos que a vida nos espera. Próximo!!!

 
 
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