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Título: De mal a pior...
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 14/09/2012
 

Há na vida simetrias inesperadas.

Cito a reflexão machadiana (em ‘Memorial de Aires’) para lembrar episódio algo recente.

Não faz muito, era o Corinthians em crise, após a histórica traulitada diante do
Tolima, que enfrentava o Palmeiras em jogo eliminatório, pelo Campeonato Paulista.

À época, o técnico Luiz Felipe Scolari quis confortar o colega de profissão, Tite. Instado pelos repórteres, em uma coletiva de Imprensa, disse não se incomodar perder o jogo caso a vitória do Palmeiras implicasse em demissão do técnico corintiano.

Lembram-se disso?

Foi a célebre partida que Tite consagrou o bordão que hoje virou um clássico do mundo da bola.

-- Fala muito! Fala muito! – referindo-se a Felipão.

Pensei que domingo fosse a vez do corintiano retribuir a gentileza (ou alfinetada).

Não deu tempo.

Felipão caiu antes...

Dizem que, na reunião de ontem, foi ele próprio quem se antecipou aos dirigentes palestrinos – e pediu o boné para sair.

Será que pensou em evitar o constrangedor encontro à beira do gramado?

Ou é só viagem deste blogueiro triste que só com o seuPalmeiras?

Uma coisa é certa:

Os mustafás, os serafins, os percarmonas, os frizzos, a turma do amendoim estão mais felizes que pinto no lixo, com a saída do famoso técnico.

Tenho lá minhas dúvidas se era hora adequada para a mudança.

Se os jogadores já falhavam feio com Felipão no banco, imagine agora com o técnico interino, Narciso, que mal chegou às categorias de base do clube?

Lamentável.

Concordo mesmo com a análise do jornalista e palmeirense Antero Greco quando diz que a decadência palmeirense vem de 30 anos, com brevíssimos intervalos como no tempo em que o futebol foi gerenciado pelo pessoal da Parmalat ou mesmo na gestão de Belluzo (que, se não foi vitoriosa em campo, pelo menos projetou a Arena Palestra).

A crise do Palmeiras parte da mentalidade tacanha (e possessiva) da cúpula diretiva e, inclusive e principalmente, dos arredores.

É fundamental uma mudança de mentalidade.

O clube precisa harmonizar-se e, corajosamente, por os pés no futuro.

Não dá para só viver das glórias do passado.

Se não ocorrer essa mudança, podem chamar o Guardiola, o Mourinho...

Que as coisas vão continuar ladeira abaixo.

 
 
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