Não me perguntem como, nem o porquê.

Como quase tudo nesta vida, não saberei explicar.

Sei que dia desses, não faz muito, fui bater com meus costados na pequena San Simon (pra ser sincero, nem sei se a cidade existe) no litoral da Califórnia, arredores de Cambria. Foi apenas um pernoite em um agrupamento de hoteis charmosos de beira de estrada. Vivem dos amantes de caça (uau!), pesca e esportes radicais que ali se hospedam, me disse um dos funcionários em arrastado portunhol. Ainda segundo o latino, no verão a coisa “bomba”.

(Não foi exatamente este o termo que ele usou, pois nos Estados Unidos a expressão não é lá politicamente correta. Mas, foi o que entendi.)

Nesta época do ano, me informa o ilustre interlocutor (o único que conseguia me entender) os hotéis se seguram com a turma da Terceira Idade que busca sossego, uma ou outra turma de amigos (motoqueiros, sobretudo) que gosta de perambular pelas estradas americanas seja qual for a época do ano (importante: não confundir com motoqueiros de sobretudo, pois esses, se existem, por lá não aparecem) e turistas bisextos que se perdem (ou se deixam perder) na rota entre São Francisco e Los Angeles.

Foi o meu caso.

Não há GPS que segure meus vacilos.

Mas, não reclamo.

Por fim essa breve parada não prevista acabou sendo um dos grandes momentos da minha estada nas terras de Tio Sam.

Tempo para dirimir uma dúvida: estada ou estadia?

Vou ao dicionário, o que diz?

Estada: tempo de permanência em um lugar.

Estadia: permanência por tempo limitado.

Tanto faz. Mas, desconfio que estadia soaria melhor.

Enfim...

Volto amanhã para contar o resto da história. Se é que haverá alguma história para contar...