Tem coisas que acredito que sim.
Outras, desculpa aí, caríssimo leitor, mas acredito que não.
Sobre o jogo de logo mais à noitinha, no novo Maracanã, vou lhes dizer o seguinte, dois pontos, travessão:
Talvez.
Talvez a Espanha tente impor o estilo que não é do velho futebol brasileiro, nem do carrossel holandês, e sim deles mesmos que o inventaram, o tal roda-que-te roda até que surja algum vacilo e pimba!
Talvez Neymar, Paulinho, Fred e Cia mostrem a eles que o negócio deles é tourada e que esse blablablá de serem hoje o que um dia já fomos não passa de um grande papo-furado.
Quem é é, quem não é... cabelo voa.
Nunca soube ao certo o que a expressão acima quis dizer – eu a ouvi há algum tempo da boca de uma amiga querida – mas hoje ela (a expressão, não a amiga que não vejo e não tenho notícias há anos) faz todo sentido.
O que me estressa, nessa história, é a lindeza dos comentários de parte da crônica esportiva sempre que se refere à seleção da Espanha. E a comparam ao Brasil de 70, à Holanda de Cruyff, ao time de Telê em 82.
Um time histórico, dizem.
Modestamente, eu o considero um bom time, um time vencedor. E, permitam-me, que se parece mais com a seleção de Parreira, campeã do mundo em 94 – aquele time que tinha Mazzinho e Zinho (a quem chamavam de ‘enceradeira’, lembram?) no meio do campo, embora na frente Bebeto e, principalmente, Romário resolvessem.
Pois, então…
Reconheço que essa seleção fez partidas maravilhosas – como a final da Eurocopa quando meteu 4x0 na Itália, mas muitos de seus jogos são de uma chatice “atroz e conflitante”, como diria um amigo meu que foi editorialista de um grande jornal paulistano, e jamais se livrou do cacoete do palavrório classudo.
Faço aqui um adendo: o Barcelona com o genial Messi é bem melhor de se ver do que a tal Fúria que, dizem, fica furiosa quando assim algum desavisado, como eu, assim a chama.
De qualquer forma, temos hoje um belíssimo duelo pela frente.
Que vença o melhor, desde que o melhor seja a seleção brasileira.
*Post de número 1995 |