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Título: Pedro Rocha
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 03/12/2013
 

Pelé era indiscutível.

O Rei, Camisa 10 do Santos, da Seleção e, me permitam, de todos os tempos.

No Rio, surgia Zico, então um talento promissor; mas, mas ali nos meados dos anos 70, eu – e um montão de gente – o achávamos craque do Maracanã, fora dali não nos convencia, nós, os fanáticos torcedores de Palmeiras, Corinthians e São Paulo.

Tínhamos aqui nossos camisas 10, insuperáveis.

Ademir Da Guia, no meu Palmeiras.

Rivelino, cracaço no Corinthians.

E Pedro Rocha, o verdugo uruguaio, no Tricolor.

Sinceramente, não saberia dizer qual foi o melhor.

Toda e qualquer análise passava pela subjetividade de jogar ou não no time do nosso coração. Passava também pelo critério mais do que absoluto; nós, os garotões dos anos 70, amávamos vê-los em ação.

Davam show.

Óbvio que, como palmeirense, raras vezes perdia os jogos do Verdão, Da Guia era o dono da bola. Mas, quantas e quantas vezes, fui ao estádio ver jogos do Corinthians e do São Paulo só para ver o petardo do Reizinho do Parque e a elegância discreta de Pedro Rocha.

Vocês podem não acreditar. Apesar de toda a rivalidade, vibrávamos ao ver o ‘elástico’ de Riva e os arranques do Tricolor. Não torcíamos nem a favor, nem contra. Aplaudíamos, e aplaudíamos.

No fim da carreira, Rocha ainda jogou no Palmeiras, numa vã tentativa de substituir Ademir que havia se aposentado do mundo da bola. Também ele estava em fim de carreira. Teve uma passagem rápida, inexpressiva.

Mesmo assim, fiquei emocionado pra caramba quando eu o vi estrear, com a camisa do Palmeiras, em um jogo contra o Guarani, pela Libertadores, em um domingo de manhã no Morumbi.

O Palmeiras tomou um ‘sacode’ legal do Bugre, três ou quatro a um. Rocha entrou no segundo tempo, e nada pode fazer.

Meus chegados ao me verem um tanto abalado, olhos vermelhos, logo trataram de me consolar. Culpa do Beto Fuscão, zagueirão do Palmeiras, que parecia carteiro bêbado nesse dia. Entregava tudo errado. Careca, Renato e Zenon pintaram e bordaram.

Fiz que estava tudo bem com a cabeça. Eles não entenderiam que não estava nem aí para o resultado. Me emocionei com a presença de Rocha, um dos meus ídolos no Planeta Bola, com o manto do time do meu coração.

Rocha morreu ontem, aos 71 anos.

Descanse, campeão.

Obrigado por tudo...

 
 
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