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Título: 50 anos de Samba Esquema Novo
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 04/12/2013
 

Jorge sentou praça
Na cavalaria...
E estou feliz porque
Eu também sou
Da sua companhia...


Uma noite inesquecível para o alquebrado professor de Jornalismo, cronista das antigas e repórter vira-lata de priscas eras.

Diria que ele foi contemplado com o convite para fazer parte da banca avaliadora do Trabalho de Conclusão de Curso, o documentário “Jorge Benjor – 50 Anos do disco ‘Samba Esquema Novo”.

Mal sabiam os garotos que este circunspecto senhor ouviu Benjor pela primeira vez nos idos de 1963, justamente quando ele lançou seu primeiro elepê, o tal e histórico Samba Esquema Novo, com ‘Mas Que Nada’, ‘Chove Chuva’, ‘Por Causa de Você, Menina’, ‘Balança Pema’ e outras bossas e levadas que mudaram, inexoravelmente, a cara da música popular brasileira e, modestamente, a vida de Tchinim, o apelido que o homem tinha quando garoto.

Não é exagero dizer que a sacudida música do carioca Jorge Duílio Lima de Menezes, de idade incerta entre os 67 e os 72 anos, foi de alguma forma a trilha dos passos, tropeços e avanços do tal professor.

O mais engraçado é que o cara (o professor) é mais duro que estátua numa pista de dança. Incapaz de um estalar de dedos no ritmo da canção. No entanto, basta ouvir o chacundum-chacundum do violão/guitarra benjorniano para que sua alma se enleve e rodopie no tal “planeta de possibilidades impossíveis”, como o incrível cantor/compositor definiu em uma de suas músicas (‘Errare Humanum Est’).

Que encanto é este?

Grande mistério que, aliás, diga-se, perpassa gerações e gerações – e continua tão vivo e exuberante quanto naquela tarde em frente à venda do Seo João. Os garotos esperavam pela bola que animaria o futebolzinho diário no campinho da rua Apiaí. Discutiam futebol, falavam do álbum de figurinhas, esses ruídos e sons próprios dos meninos daquele tempo.

O rádio da vendinha (chamávamos de empório) começou a tocar ‘Chove Chuva’ e o mais velho de nós – uns 16 anos -, o Darci, ordenou que ficássemos em silêncio. Queria ouvir a novidade do crioulo do Rio de Janeiro. Darci era batuqueiro na Escola de Samba Império do Cambuci, tocava contra-surdo – ou seja, era uma autoridade no assunto.

Ficamos em silêncio.

Bastou a introdução para que eu nunca mais fosse o mesmo.

Pelo que ontem vi, emocionado, não fui/sou o único.

Somos todos da sua companhia. Salve Jorge, e salve os novos jornalistas – Ana Claudia Costa, Carolina Rinaldi, Felipe Vinicius Carlos, Johnny Gonçalves, Paula Di Buono, Samyra Cunha e Thiago Santos.

Eles tiraram 10.

 
 
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