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Título: Nas linhas da várzea (2)
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 06/12/2013
 

Meu pessoal do TCC “Nas Linhas da Várzea” foi aprovado com 9.5.

Escrevi sobre o trabalho deles ontem, e achei de bom tom retomá-lo hoje para cumprimentá-los pelo diploma (bem-vindos à lida, colegas), além de saciar a curiosidade dos meus simpáticos cinco ou seis leitores sobre a nota que a rapaziada conseguiu.

De outro modo, é também uma oportunidade de continuar no assunto futebol de várzea que me traz tantas e tantas lembranças felizes.

Ao meu lado na banca examinadora, estiveram o jornalista, professor e amigo Eduardo Borga e o jornalista especializado no assunto, Diego Viñas. Enquanto eles faziam suas considerações sobre o trabalho, arguiam os alunos, ressaltavam este ou aquele ponto, eu me perdia em devaneios de tempos idos e vividos nos arredores ou mesmo dentro dos campos de terra batida.

Não sei se é possível dimensionar a importância da várzea para a popularização do esporte no Brasil. Também – e principalmente – não sei se as pessoas têm noção do quanto essa tradição foi fundamental para consolidar o jeito brasileiro de jogar futebol; ousado, inventivo, envolvente, único em todo o Planeta.

Ops...

Não é mais tão assim, alguém me dirá.

E eu lhe responderei: se assim não é, livre-se de culpa as pirambeiras, redutos e confins varzeanos.

A várzea continua firme e forte, apesar de um tanto esquecida.

II.

Em certo momento, Viñas falou que faltaram alguns clubes de relevância, além do Parque da Mooca, Autônomos e outros que foram citados na obra.

Achei justa a observação. Que aliás se levou em consideração durante a execução do trabalho. Só que – sem querer justificar, mas já justificando – os meninos não tinham tempo hábil para mergulhar nesse amplo mosaico; diria, amplo e maravilhoso.

Ali, em segundos, relacionei uma série de times inesquecíveis: Botafogo da Vila Guaianazes, Cruz da Vila Esperança, Santos do Cambuci, Estrela do IAPI, Mocidade da Várzea do Glicério, Huracan, Búfalo da Vila Prudente, Primeiro de Maio, Atlantic, República do Cambuci, o Sarcinelli, Nadir Fernandes, Nitro Química de São Miguel Paulista, Aliança de São Bernardo, Black Power do Ipiranga, Sereno (onde jogava o cantor Agostinho do Santos), Can Can (do grande Jair da Costa Pinto), Sinclair, Flor de São João Clímaco, Onze Primos...

É uma lista sem fim.

Estrelas do Boêmios, Vila Deodoro, Portuguesinha do Sacomã, AuriVerde, União Mútua, Bahia, Zum Zum, Liberdade da Bela Vista, São Luiz, Centenário, Estrela do Ipiranga, Portuguesinha do Sacoman, Estudantes do Glicério, Esporte Clube Vila Mariana, Corinthians da Vila Monumento...

E não para por aí, óbvio.

Ou seja, há ainda um amplo campo a ser explorado por novos e velhos jornalistas, pesquisadores, historiadores e/ou simpatizantes deste apaixonante tema. Pois, como bem concluíram os autores do livro:

A várzea não morre.

 
 
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