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Título: Almino Affonso
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 02/04/2014
 

Revejo o ministro Almino Affonso no Roda Viva de segunda, 31 de março. Ele é o convidado do jornalístico da Cultura, comandado por Augusto Nunes, a propósito do ‘livrinho’ (de 600 páginas) que está lançando, “1964 na Visão do Ministro do Trabalho de Jango Goulart”.

Aos 85 anos, afastado dos holofotes da vida política do País, Almino enfrenta as provocações dos entrevistadores, com veemência.

“Ouçam o depoimento de alguém que esteve lá quando os fatos aconteceram”.

A jornalista da Folha insiste que Jango não era lá uma notável liderança. Um historiador põe em dúvida a lisura de algumas medidas do então presidente. Outro entrevistador quer saber o porquê as esquerdas não resistiram.

Almino gira cadeira pra cá, gira pra lá. Até que diz enfaticamente:

“Vocês falam de leituras que fizeram. Eu vivi aquilo”.

“Jango foi traído.”

A vivacidade de Almino me faz lembrar o dia em que ele (candidato a senador) e Franco Montoro (candidato a governador) visitaram o jornal em que trabalhava em plena campanha, nos idos de 82.

Almino falou das pressões daqueles dias atribulados no início dos anos 60. De como os militares vergaram-se diante dos interesses americanos – assustados com a possível ‘cubanização’ das Américas e da conivência de outros tantos setores da nossa sociedade.

O ‘livrinho’ do ministro deve trazer informações preciosas sobre o Golpe.

Vou ler.

Almino é dos tais homens públicos, de ilibado caráter e formação intelectual, que faz uma falta danada ao Brasil de hoje.

II.

Impossível citar Almino Affonso sem lembrar uma de suas frases mais famosas.

Foi durante a campanha eleitoral de 1982 para o governo do Estado de são Paulo. Franco Montoro tomou a dianteira das pesquisas de intenção de voto.

Os candidatos governistas soltaram o verbo, faziam pronunciamentos destemperados, raivosos. Alguém perguntou a Almino se responderia a essas altercações.

E ele serenamente disse que não:

“É o desespero da derrota que se avizinha.”

 
 
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