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Título: Televisão e internet
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 10/04/2014
 

Trecho da entrevista da professora doutora Mirta Varella, concedida à jornalista e doutoranda Camila Escudero para a Revista Brasileira de Ciências da Comunicação – Intercom, volume 36, número 2.

A argentina Mirta Varella vem atuando nos últimos anos com intensa produção e pesquisas na área de Comunicação Social. Atualmente, é pesquisadora do Conselho Nacional de Investigação Científica.

(...)

“O fundamental é que não se pode pensar mais a televisão como um meio de lugar. Hoje, a televisão é parte de outro emaranhado midiático que é a internet. Não significa que não vamos mais ter televisão em casa e ver televisão, mas cada vez mais ocorre ver televisão de outros modos, pela internet. Isso era ficção até pouco tempo e teve mudança impressionante. Ver seriados como se fossem filmes, a qualquer horário, ou assistir a muitos capítulos seguidos. Acredito que, nesse sentido, a televisão já não implica enquanto meio um modo de recepção, que foi completamente transformado. Isso repercute e tem conseqüência sobre como se produz televisão hoje. Assim, entramos não só na questão da mobilidade, mas do fluxo televisivo, dizer que esse fluxo pode ser transformado. Se alguém quer ver programas pela internet pode não seguir a ordem de que um único canal de televisão produz sozinho. Isso traz muitas conseqüências.”

(...)

“(Importante) lembrar que a televisão foi o primeiro Meio (de Comunicação) a usar a tela, essa fonte luminosa, que ainda hoje está num lugar central, apesar das mudanças. A tela está no momento de seu maior auge. Creio que é preciso entender o que significou essa construção da tela de televisão como centro da vida social. É uma história que valeria ter mais clara.”

(...)

“Essa passagem da televisão para internet é uma transformação de público. Um público que há 15 anos nunca havia visto um seriado de TV hoje o consome avidamente. Aceita esse consumo como natural. Tem a ver com o modo de recepção que é distinto. Já não tem que esperar a exibição em série, não depende da televisão, se sente mais ativo porque baixa o programa da internet ou tem o DVD...”

 
 
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