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Título: O lance que tirou Neymar da Copa
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 05/07/2014
 

Pode ser que o tal Zuñiga tenha calculado mal o tempo e o espaço para interceptar aquela bola que a zaga brasileira rebateu nos instantes finais do jogo de ontem, entre Brasil e Colômbia, em Fortaleza.

Pode ser...

II.

Pode ser que ele tenha preparado o bote para uma cabeçada. Imaginou que a redonda ganharia altura, mas ela não subiu tanto assim, foi ao encontro do peito do menino Neymar e o ‘encontrão’ foi inevitável.

Pode ser...

III.

Pode ser que o colombiano tenha pensado em parar a jogada de qualquer jeito, evitar o contra-ataque, a arrancada de vários brasileiros poderia resultar em gol – e fim de linha para a “amigável” seleção.

Pode ser...

IV.

Tudo é possível no mais importante torneio do Planeta Futebol.

Até porque, registre-se, o zagueirão não joga tudo o que pensa que joga. É posudo, forte, violento (vide a solada no joelho de Hulk no primeiro tempo) e estabanado que só.

Pode ser...

V.

Pode ser que quisesse dar um “chega pra lá” em Neymar na base do “xerifão”.

“Nem pra mim, nem pra ele”, pensou sem pensar.

O futebol, afinal, queiramos ou não, tem vez que revira nossas emoções mais atávicas, primitivas.

Quem jogou – seja profissionalmente, seja nos campinhos de terra, seja na quadra do condomínio ou mesmo da empresa – há de se lembrar de algum inexplicável descontrole de amigos, colegas ou de si próprio.

Não à toa comparamos um atleta do futiba a um destemido guerreiro.

Pode ser...

VI.

Pode ser que ele não vislumbrasse as consequências desastrosas que o lance teria.

Que não quisesse “quebrar” o menino como acabou acontecendo – e, benza Deus, poderia ser pior.

Pode ser tudo isso ou apenas parte disso...

VII.

Mas, acontecesse um lance desses na várzea do Glicério e o tatibitate das explicações de Zuñiga de nada adiantaria.

O tempo ia fechar...

VIII.

Na várzea – ao menos em idos tempos, quando não havia o tal futebol society -, os prélios primavam por alguns rigores éticos. Os árbitros não vestiam uniformes, poderiam ser torcedores deste ou daquele time, não usavam cartões e, quando vacilavam, eram eles os expulsos de campo.

Mas, todos sabiam exatamente quando o valentão esquecia a bola e ‘pegava’ o outro na maldade, na covardia...

IX.

Para fechar o papo, faço duas observações e um esclarecimento:

1 – O espanhol vacilão (para os dois lados) que apitou o jogo de ontem não duraria quinze minutos em campo.

2 – Se um jogador qualquer tivesse um surto e mordesse o outro, desconfio que apanharia dos dois times.

O esclarecimento – A várzea do Glicério não mais existe. No lugar dos seis ou sete campos de futebol, lá existem hoje os prédios do INSS. Até os anos 70/80 por ali desfilavam sua arte os craques do Estrela do IAPI, do Mocidade, do Bangu, do Internacional e do Huracan, time em que vi jogar meu cunhado bom-de- bola, o Valtinho, e onde eu mesmo “arrepiei” alguns malemolentes atacantes, na bola, sem maldade.

 
 
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