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Título: O leitor de Novo Hamburgo
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 07/11/2014
 

Alguém em Novo Hamburgo passou a noite lendo o nosso Blog.

Recebo a informação, via relatório de acessos, logo pela manhã e me sinto, assim, perplexo.

A cidade gaúcha aparece em segundo lugar entre as cidades com maior tempo de acessos. Perde só para São Paulo, e ainda no ‘olho mecânico’, como se diz no Jockey Club.

Fiquei mais feliz do que o Mujica, o simpático presidente do Uruguai, quando soube que um sheik oferece um milhão de reais pelo seu velho Fusca azul-calcinha.

Mujica é uma figuraça, não tem qualquer apreço às coisas materiais e o sheik, creio, não sabe o que fazer com a dinheirama toda que tem.

Da minha parte, tive uma gostosa sensação de incredulidade ao descobrir a parceria de hora e tanto com alguém, sabe-se lá quem, que se interessou pelas bobagens que escrevo.

II.

Escrever é sempre um ato solitário.

Por vezes, a gente se sente como aquele náufrago encontrado na costa da Colômbia que ficou dois dias à deriva, agarrado a uma caixa de isopor, à espera de socorro.

Encontrar alguém que corresponde às nossas vãs expectativas e nos lê, imagino que com interesse, é mesmo para festejar.

III.

Para ficar na temática oceânica, vale dizer que vivemos em um mundo afogado por zilhões de informações.

Vai daí que a escolha do leitor é um privilégio imensurável para o autor.

Uma bênção. Como as chuvas que caem, dia sim, outro não, na cabeceira de nossos reservatórios que mínguam.

IV.

Se os autores pudessem, penso que dariam voz de prisão ao simpático leitor (ou leitora), igual àquele senhor tougado que foi flagrado sem os documentos do veículo por uma agente de trânsito e resolveu, ele, o infrator, prender a agente por desacato à autoridade. Numa clara inversão de papéis e numa demonstração inequívoca de como, no País, uma casta de senhores se acha acima de todas as leis.

Ainda recentemente outro senhor tougado falou da ameaça bolivarismo que ronda nossas mais respeitáveis instituições. Parece que os palanques eleitorais não foram desarmados ou que a derrota nas urnas lhes é insuportável.

Mas, este é outro assunto.

V.

Não sou de radicalizar, nem de pedir a volta dos militares; mas, nessa hora, se pudesse, daria uma enquadrada no meu preclaro leitor gaucho (ou gaucha) – e lhe diria:

“Volte sempre, amigo (a), Prometo escrever um texto só procê...”

 
 
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