Vou lhes fazer uma confidência.

Não sei se é real ou imaginária a versão do fato.

Mas, ao ler a notícia do destrato do contrato entre Roberto Carlos e a Friboi que circulou ontem na Imprensa escrita, falada, televisada e internatada, fiquei instado a contar aqui uma conversa que ouvi dois ou três meses atrás em uma roda de publicitários, onde eu era o único jornalista presente, e na ocasião não lhe dei muito crédito.

Na ocasião, como disse, o pessoal comentou que estava rolando um estresse na campanha da Friboi, provocado pela intransigência do Rei que participou de uma peça da campanha e deveria participar de outra mais para o final do ano.

II.

O pelo em ovo não era a atuação de Roberto e, sim, do uso de uma de suas ‘jóias raras’ – se não me engano, “Como É Grande O Meu Amor Por Você” – em um anúncio do qual o protagonista seria o ator Toni Ramos – e não ele próprio, o Rei.

O cantor alegou que deveria ser consultado pela agência que produziu o filmete. Já os produtores entenderam que, uma vez fechado o contrato milionário (falou-se em 25 naquele dia, ontem eu li que seriam 45 e hoje 54 milhões de reais) não haveria problema em escolher esta ou aquela trilha do repertório do Rei.

Não foi bem assim.

Roberto tanto causou que os responsáveis acharam melhor colocar uma trilha sonora diferente – e assim a propaganda foi ao ar.

III.

No entanto, o estremecimento entre as partes era grande naqueles dias e já então se falava em rompimento de contrato. Com consideráveis prejuízos para ambos.

Ao que parece, a notícia de ontem só referendou aqueles rumores que, à época, confesso, cheguei a duvidar.

Impossível alguém abrir mão de tamanha dinheirama por um acorde ou outro.

Enfim...

IV.

Como sou um humilde escrevinhador, não tenho lá alcance para esses montantes artísticos e financeiros.

De qualquer forma, quis registrar essa historinha aqui descompromissadamente.

No mínimo, serve para alertar ao deputado federal Tiririca sobre o calibre e o tamanho da bronca judicial que o espera. Degustou o filé da paródia no período eleitoral, agora vai roer o osso.