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Título: B.B. King
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 16/05/2015
 

“Tocar blues é ser negro duas vezes”.

Leio sobre a morte de B.B. King (aconteceu na madrugada de ontem) – e me emociono.

Talvez fosse mais exato dizer ‘entristeço’.

Nunca fui a New Orleans, não sou um aficionado por blues, mas tinha – e tenho – especial admiração pela trajetória de artistas como B.B. King.

Artistas verdadeiros são como um farol que ilumina e dá um norte à nossa vida.

Difícil pra caramba moldar em palavras o sentimento indefinido que nos invade quando alguma personalidade dessa dimensão se vai – e a gente sente que o mundo ficou mais vazio, mais pobre, menos promissor.

Imagino que mais pessoas se sentem assim.


Talentos únicos, raros, como o de B.B.King marcam época, são transformadores, nos fazem entender um pouco mais de nós mesmos e dos arredores, por mais distantes que estes sejam.

Falar da aldeia é falar do mundo.

II.

Não faz muito, senti a mesma tristeza quando cheguei ao Brasil (passara alguns dias em Portugal) e soube da morte de Antônio Abujamra.

Outro cara que espantava a mesmice, e era vigoroso no que se propunha a fazer.

Tipos assim mostram coragem a cada acorde (no caso de King), a cada palavra lancinante (como as que dizia o grande Abu, o provocador).

III.

Pinço a frase célebre do guitarrista para começar o texto.

E ouço a voz de Raulzito a fazer troça de um de seus músicos que fazia um entrecortado solo de guitarra enquanto esperava começar o ensaio para o show daquela noite, no Teatro Bandeirantes.

- Olha só! Baixou o B.B. King no cara...

“Não brinca com coisa séria”, respondeu o músico em tom de reverência.

Raul Seixas, outra dessas inigualáveis legendas que se foi.

E nos deixou um tantinho mais só.

 
 
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