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Título: Palmeiras, Huracan e América
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 16/07/2015
 

Sempre fui palmeirense – e é só e me basta.

Tenho um carinho especial pelo Huracan da Argentina porque o meu cunhado, o saudoso Waltinho, era craque do Huracan da Várzea do Glicério que, segundo se comentava à época, era uma “filial” do time portenho. Pode ser que sim, pode ser que não. Uns diziam que os gringos estiveram, em excursão, por São Paulo e, mais do que qualquer apresentação, o lindíssimo uniforme serviu de inspiração para os boleiros do Cambuci na fundação do novo clube.

Acho mais provável essa versão.

O time tinha o mais belo fardamento que já vi: camisas grenás, calções pretos e meiões cinzas. O distintivo era um desses balões com a letra H sobressalente.

Aos meus olhos de garoto, era um encantamento.

Aos 16, 17 anos, cheguei a jogar no segundinho do Huracan. Mas, não fiz lá grande carreira. O bom mesmo era o Waltinho, vulgo solado, lateral esquerdo de inesquecível talento.

Ele sempre me dizia:

“Só nãoi fui profissional porque era arrimo de família. Perdi meu pai muito cedo”.

Era a mais pura verdade.

Naquele tempo, a São Paulo dos anos 50, ou se trabalhava ou se jogava futebol...

II.

Conto essa história para embicar a segunda – a bem da verdade, o motivo da crônica de hoje.

Soube ontem que o América está de volta à elite do futebol carioca.

Fiquei feliz com a boa nova.

Não sou assim um José Trajano, americano de fina estirpe, mas tenho uma simpatia especial por este clube, desde garoto.

III.

Como disse era (e sou) palmeirense – e só e me basta.

Mas, era moda, para a molecada daqueles idos, torcer por um time no Rio de Janeiro. Todos os anos o Torneio Rio/São Paulo açodava essa rivalidade pelas quebradas do Cambuci. Ainda mais que nós, os sub 12, acreditem!, podíamos assistir aos jogos de graça no Pacaembu, desde que estivéssemos acompanhados por um adulto.

Então, fossem quais fossem, os clubes que se enfrentassem lá estávamos nós.

Havia uma equivalência de clubes para você torcer. Quem era Corinthians aqui torcia para o Flamengo lá. Os sãopaulinos eram tricoles tal e qual o Fluminense. O Santos de Pelé correspondia ao Botafogo de Garrincha. Nós, palmeirenses, ficávamos assim numa dúvida cruel. Poderíamos torcer para o Vasco “que também era um time de colônia”, que era o que eu pai dizia.

Dizia mais:

- Ou para o Fluminense que tem as cores da bandeira da Itália.

Nenhum deles me convencia, embora o Fluminense tivesse o goleiro Castilho como grande ídolo. Ademais o Vasco era tão lusitano quanto a nossa aguerrida Portuguesa de Desportos.

Estava difícil escolher.

*amanhã continua...

 
 
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