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Título: As coisas que eu vou contar
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 10/05/2016
 

Ando com uma saudade danada do tempo em que ficava à procura de um bom assunto para o nosso cotidiano blogar.

Podia ser uma conversa despretensiosa entre amigos – quase sempre são eles que me pautam -, uma lembrança que pululava no sótão da memória, um livro que acabara de ler, a música que me emocionou, os recortes da viagem ainda frescos na memória.

O texto vinha descolado das vicissitudes do noticiário e, acreditem, houve quem, entre meus cinco ou seis leitores fiéis (há quem diga que já chegam a sete, ulalá), me elogiasse pela, vá lá, criatividade.

Enfim...

II.

Lembro, certa vez, o rapaz que passou assoviando uma velha canção – “Disparada”, se bem me lembro – e, pronto, lá estava eu, minutos depois, a batucar no teclado do computador a crônica do dia.

“Prepare o seu coração
Pras coisas que eu vou contar...”

III.

Nesses tempos conturbados de “o Brazil que está matando o Brasil”, sobra pouco espaço para divagações. Os fatos se sobrepõem e ai do escriba que não se dispuser a acompanhá-los.

Ontem mesmo eu encaminhava para os finalmentes a crônica sobre Marina Silva, uma encomenda do amigo Escova, quando o próprio me envia um zap a me cobrar outro texto, agora sobre o burburinho que acontecia em Brasília.

O presidente interino da Câmara, Valdir Maranhão, por conta e risco, decidiu anular a sessão da Casa que aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma encaminhado ao Senado.

A história, todos hoje conhecem.

Mas, ontem foi um alvoroço.

IV.

Escova logo me convocou a explicar tudo, tintim por tintim.

"Quem sou eu, primo?"

Fui logo rebatendo que nada falaria sobre o assunto.

Assim que postei o texto sobre as marinices da vez, lá vem outro zap do Escova:

“Por que não escreveu sobre a decisão do Maranhão?”

Porque não se sustenta até amanhã, respondi.

“Tem razão”, teclou o Escova. “Os homens estão organizados, como nos tempos da ditadura. Não há como derrotá-los. Por enquanto.”

V.

E o Renan é confiável?, zapeei.

Aí, foi a vez do amigo mostrar sua intimidade com o whatsaap. Me enviou aquele emoji de positivo e demos a conversa por encerrada.

(Mais tarde, fim de noite, eu estava assistindo ao documentário ‘Raul Seixas – O princípio, o fim e o meio’ quando recebo outro zap do Escova. Recomendava a leitura da reportagem do britânico The Guardian, ‘A razão real que os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment’, de autoria de David Miranda. E pediu que eu a indicasse no blog. Como não atender o amigo?)

 
 
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