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Título: Novos e eternos baianos
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 03/08/2016
 

Os Novos Baianos, em sua formação original, voltam à estrada.

Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor, Baby Brasil (preferia quando era Baby Consuelo ainda) e o mentor do grupo, o letrista Luiz Galvão, anunciam temporada que se inicia semana que vem (12 e 13) em São Paulo.

No repertório, a base são as canções do disco “Acabou Chorare”, de 1972, o ponto alto da carreira desses malucos-belezas que chutaram para o alto o baixo-astral dos anos 70.

Em recente entrevista para divulgar o reencontro (o grupo se desfez em 1979) e a nova temporada, Paulinho resumiu o impacto das canções do disco – “Preta Pretinha”, “A Menina Dança”, “Mistério do Planeta”, “Besta é Tu”, entre outras – no coração das pessoas e do contexto social em que o País vivia:

“O disco ‘Acabou Chorare’ foi um amanhecer lindo num país cinzento”.

Paulinho se refere à baixa estima do brasileiro naqueles idos, a ditadura, o fim do milagre econômico, o recrudescimento da censura e da violência, os sonhos à deriva.

A alquimia musical dos baianos/novos sacudiu a poeira e chamou todo mundo para a pista e para à luta. Ao fundir o rock com o samba, a guitarra com o cavaquinho, revitalizou o ânimo e a postura de toda uma geração.

Talvez a regravação do samba “Brasil Pandeiro (de Assis valente) seja a mais emblemática desses novos ares:

“Chegou a hora/ dessa gente bronzeada/ mostrar seu valor”.

O mais curioso é que, na faixa dos 60 e dos 70, a turma se reencontra e a proposta dos shows, por mais oportuna e comercial que possa parecer, vai na mesma linha. Quem sabe não nos trazem o alento de acreditar em dias melhores.

Bom retorno, novos e eternos baianos!

 
 
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