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Título: Sobre o carnaval paulistano...
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 19/02/2007
 

Diante do desafio da tela em branco
me socorre a dúvida: o que devo escrever
nesta manhã de segunda feira?

Uma lembrança dos meus tempos
de repórter de Carnaval?

Foram dezesseis anos de lida
entre bailes de salão e desfiles das
escolas de samba paulistanas.
Ainda peguei as exibições na
Avenida Tiradentes, palco das evoluções
antes que a Globo se interessasse
pelo concurso. Só nos dois ou três
últimos carnavais que cobri,
acompanhei a apresentação no Sambódromo,
construído pela então prefeita Erundina.

Se há alguma diferença?

Em princípio, todas as agremiações
desfilavam no mesmo dia – o domingo
de Carnaval e a coisa toda era mais
na raça e na tradição dos chamados
‘cordões’ que deram origem
às mais representativas escolas
de samba paulistanas.

A saber:

Vai-Vai, Camisa Verde e Branco,
Peruche, Nenê da Vila Matilde, Paulistano
da Glória, Lavapés. Na seqüência, vieram
Rosas de Ouro, Mocidade Alegre, Barroca
da Zona Sul, Império do Cambuci,
Cabeções da Vila Prudente, Imperador
do Ipiranga etc etc etc.

Hoje, as escolas se acariocaram,
inclusive com a importação de
carnavalescos e seu staf de feitores,
personagens, e mesmo a temática que
precisa ser moderninha ou
politicamente correta.

Não sei se podemos considerar
que houve um avanço. Não sei se
podemos, mais uma vez, lamentar
a perda de identidade cultural de
alguns – raros – redutos
do Carnaval paulistano.

Sei que não gosto das tais
torcidas organizadas que invadiram
a ‘praia’ das escolas. Uma coisa é
uma coisa. Outra coisa... é outra coisa.

Enfim, não dá para negar.
Há mais grana em jogo por causa
da transmissão pela TV.

O desfile é na sexta e no sábado por
determinação da grade da emissora
-- o que não faz lá grande sentido,
pois quando o Carnaval começa
aqui em Sampa já acabou...

... E o paulistano pode, então,
fazer o que realmente gosta e sabe:
viajar e se divertir... Na praia,
na montanha ou mesmo
atravessando o samba na Sapucaí
ou torrando uma fortuna
para ir atrás do trio-elétrico
em Salvador...

-- Aê, Aê, Aê, Aê...
Ouououooo...

Nunca quatro vocais e uns fiapos
de pano – o tal do abadá – nos
custaram tão caros...

Mais vale um gosto, porém...

 
 
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