Uma crônica em tempo real...

1h25.
Não consigo dormir.

1h26
Estou na expectativa de qualquer boa nova.

1h27
Um olho na janela. Outro na tela do computador.

1h28
Conectado com o mundo – e só.

1h29
Só com meus fantasmas, minhas dúvidas.

1h30
Incertezas. AH!, e os personagens que invento...

1h31
Será que invento ou são reais?

1h32
Alguém já disse... Disse o quê mesmo?

1h33
Que os personagens se parecem...

1h34
Todos se parecem muito comigo.

1h35
É possível.

1h36
E com quem disse se parecem também.

1h37
É maluco, mas é real...

1h38
Somos iguais, mas diferentes. Todos...

1h39
Este, o mistério que me inspira.

1h40
Outro alguém até me elogiou...

1h41
“Todos os seus personagens...

1h42
... vivem em busca do amor,

1h43
... do sonho,

1h44
... de ser feliz,

1h45
de serem mais humanos.”

1h46
Gostei.

1h47
Mas, é uma tremenda responsa.

1h48
Hoje mesmo, quer dizer ontem...

1h49
Ontem mesmo, recebi uma sugestão:

1h50
“Escreva sobre o amor eterno.”

1h51
Ai, ai, ai...

1h52
Como um dos meus cinco leitores...

1h53
faz isso comigo? Ou seriam todos?

1h54
Como não atender?

1h55
E vem de tão longe o pedido, via email!

1h56
Mas, como sistematizar o que penso...

1h57
sobre o assunto, tão polêmico e vital?

1h58
Na verdade, é sobre esse tema...

1h59
que tento escrever todos os dias.

2h00
A eterna busca do amor eterno.

2h01
Que nos faz tão próximos e tão distantes.

2h02
Tão iguais e tão diferentes.

2h03
Resumo da ópera:

2h04
O amor não tem tempo certo para acontecer.

2h05
Mas, acredite, acontece no tempo certo.

2h06
Por isso, é melhor vivê-lo intensamente...

2h07
no certo tempo em que acontece.

2h08
Depois que passa, só atende...

2h09
... a quem chamá-lo de Saudades.

2h10
Assim mesmo. No plural.

2h11
Pois, serão tantas...

* Pena que o nosso blog não tenha audio. Aqui seria legal um 'sobe-som' com a música Saudades, de Chocolate, interpretada por Elizeth Cardoso ou mesmo, numa versão mais recente, por Gal Costa. Aquela que diz assim...

Saudades, torrente de paixão
Emoção diferente
Que aniquila a vida da gente.
Uma dor que não sei de onde vem...