HOME BLOG CONTATO INDIQUE ESTE SITE
 
Área:
BLOG | ver comentários |
Título: Eu e Júlia Roberts, em Capri
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 29/03/2007
 

Há quem diga que estava
escrito nas estrelas.
Eu prefiro dizer que, desde que a vi,
pressenti que aconteceria...

Até porque, convenhamos,
aquela música da Tetê Spíndola
(cadê a moça, meu Deus!)
é chatinha, chatinha.

De quem estou falando?

Ora meus queridos cinco leitores
segurem-se para não ficar
de queixo caído e com a auto-estima
lá embaixo. Como li certa vez
numa das crônicas do Veríssimo,
vou até ficar de pé para
teclar o nome dela. Um momento...

Júlia Roberts.

Pois é o que estou dizendo...

Quando nos encontramos?

No início do ano, em Capri.

Gostaram ou querem mais?

Melhor impossível, né?

Aquela ilha paradisíaca,
com suas ruas estreitas, vielas e
belvederes de onde se vislumbra
cenários extraordinários.
Mar, sol, sonho...

O que posso fazer? Foi lá que a vi.
Mesmo à uma distância considerável
– uns 20 metros -- deu para
perceber que era ela
e estava feliz. Simpática.
Sorria para todos que passavam –
e, notei, desculpem a imodéstia,
especialmente para mim.

Não é invenção, não.
Era uma ruazinha comercial,
perto de onde fica a casa que
abrigou Pablo Neruda
quando o poeta visitou a Itália.

Nesse embalo, aliás, cheguei
cheio de poesia. Decidido mesmo.
Afinal essas coisas não acontecem
duas vezes, não. Quando olhei
firmemente nos seus olhos,
ela também me encarou.

Confesso: perdi o chão.
Que encanto era aquele?
De onde vem esse perfume?

Não sabia o que lhe dizer.
Iria tropeçar no inglês (que não domino),
engasgar no francês (que estudei no
velho curso ginasial), me derreter
no italiano (Te voglio tanto bene,
belíssima) e me maldizer no português,
se perdesse aquela chance...

O que fazer?

De onde vem esse perfume, meu Deus? –
perguntei aos botões do meu sobretudo.

-- Vem da perfumaria, pai - respondeu
o estraga-prazer do meu filho.

Que, não contente, completou
em tom implacável de
quem conhece o pai que tem.

-- O que o senhor faz, parado,
diante da vitrine da perfumaria?
Bonito esse pôster gigante
da Júlia Roberts, não? A gente olha
para ele e parece que ele fica
seguindo a gente com os olhos.
Interessante. Deve atrair
muitas clientes e alguns
distraidos também, né?

Não respondi.
Dei por encerrado o passeio.

Ele ainda ironizou.
Mostrou o celular e
distraidamente perguntou:

-- Quer tirar uma foto ao lado
da foto da Júlia Roberts?

 
 
COMENTÁRIOS | cadastrar comentário |
 
Autor: Vivian Sena Data: 18/04/2007
Nossa mestre...muito divertido essa história da Júlia Roberts...kkkkk
Percebi que não foi só o Wilson que viajou grandão hein!!!
Mas...parabéns, gostei, foi envolvente!
bjão,
Vivian Sena
 
Autor: Joslaine Rabelo Data: 03/04/2007
Muito bom mesmo...rs rs rs
 
Autor: Thiago Luiz Stipp Data: 29/03/2007
Muito bom Dr!
Abraços!
 
 
© 2003 .. 2024 - Rodolfo Martino - Todos os direitos reservados - Desenvolvido por Sicca Soluções.
Auto-biografia
 
 
 
BUSCA PELO SITE