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Título: S. Antônio, rogai por nós
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 13/06/2007
 

Pádua, Itália.
Nove ou dez anos atrás.
Meu filho tinha 17 ou 18 anos.
Vê-lo rezar, de olhos fechados
junto às relíquias do padroeiro,
na matriz de Santo Antônio
é uma das imagens mais bonitas
que tenho gravada em
minha mente. Olhei de longe –
e guardei na memória.
Nada lhe perguntei.
Sequer comentei. Mas,
em meio àquela pequena
multidão de peregrinos,
esta foi mesmo uma
cena inesquecível.

Não duvido que Santo Antônio
tenha atendido àquelas preces.
Estamos todos bem –
e são e salvos e fortes...

II.

Bruges. Bélgica.
Há quatro ou cinco anos.
A cidade é encantadora.
A gente se vê dentro de um
presépio. Um rio sinuoso
corta o centro antigo,
onde turistas caminham
em meio às construções
medievais; belas, belíssimas.

Um vento cortante e gélido
faz com que procuremos
abrigo e algum descanso
na igreja central. As imagens
dos santos nos impressionam.

Como é hábito dos turistas,
fazemos um périplo pelos
corredores laterais da secular
construção. Todos em absoluto
silêncio. Há um canto gregoriano
de fundo. Mas, a voz que
se ouve é inconfundível.

Em tom de fervoroso devoto,
meu sobrinho Gui, então com 17 anos,
não deixa a menor dúvida do que quer:

-- Se liga, Santo Antônio,
maior respeito, mas me arranje
uma namorada bem rica. Beleza?

Pela expressão bem-humorada
da imagem, talvez seja minha
imaginação, mas acho que logo
logo o menino vai se dar bem...

III.

Se algum de vocês, meus queridos
cinco ou seis leitores, passar pelos
arredores da igreja Santo Antônio do Pari,
reparem se não há um rapaz cabeludo,
também aí por volta dos 17 ou 18 anos,
com ar contrariado de quem passou
a vida a esperar.

Ele está de roupa nova,
um tanto ultrapassada para os dias atuais.
Mas, o que fazer se ressurgiu agora
do túnel do tempo, ainda com
a esperança de que a “bandidinha”
apareça, como prometeu.

Vou lhes contar como foi.
E foi no mais antigo dos anos.

Eles se conheceram na praia
num desses fins de semana de verão.
Caminharam pela areia e
conversaram o que conversavam
os jovens daquela época.

Ela voltaria para São Paulo
naquela tarde. E ele insistiu que
queria tornar a vê-la.

A menina ficou sem jeito,
talvez namorasse alguém por
aqui, mas concordou.

Combinou então de encontrá-lo
no sábado seguinte, às sete da noite.
Em frente à igreja de Santo Antônio do Pari.

-- Pari?

-- É Pari...

Ele topou, mesmo sem ter a menor
noção de onde ficava o bairro operário
paulistano e quantas conduções
tomaria para lá chegar.

Contou os dias, as horas, os minutos
da semana que teimava em se arrastar.

No dia, hora e local aprazados,
lá estava ele... E desconfio, com uma
ponta de nostalgia, que muito do
meu sonhar ainda continua por lá.

À espera de quem nunca virá...

Valei-nos Santo Antônio...

 
 
COMENTÁRIOS | cadastrar comentário |
 
Autor: Amanda Valeri Data: 14/06/2007
Eu gosto muito de alguns santos brasileiros e Santo Antônio está na minha curta lista. E a figura deste santo é direcionada imediatamente a figura da minha avó!

Sempre ouvia (não ouço mais porque já estou comprometida) que deveria comer o milagroso pãozinho. E ela ia lá com toda a disposição pegar alguns para as suas netas, filha, filhos, parentes e para colocar dentro do pote de açúcar....lembrança da minha infânica!

E quando lembro da época de criança, apesar de ainda me achar uma, aparece a imagem do meu avô. Um cara alto, forte, que fala alto e groso. Que gostava de uma boa macarronada, um belo vinho e a família reunida na mesa. Um típico italiano, um italiano de verdade.

Saudade....e vontade imensa de conhecer a Itália ...aquela Itália que ele tanto falava, que ele tanto admirava, que ele tanto amava!

Muita saúde, paz e hamonia para nós!

Salve Santo Antônio!
 
Autor: Analy Cristofani Data: 14/06/2007
Na igreja de Santo Antonio, na Itáilia, eles avisam que é possível fazer um pedido de amor ao santo em uma cartinha e lá, dentro da igreja, tem um lugar específico para os papéis cheios de sonhos... Fiz a minha parte, pedi, e Santo Antonio me atendeu. esqueci, apenas, de pedir que meu grande amor viesse sem... ex-mulher.
 
 
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