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Título: Não sei se sei... (Parte 2)
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 21/07/2007
 

Continuemos, pois...

Capítulo de hoje: Os filmes

III.

O Marido da Cabeleireira é um drama. Conta a peculiar história do homem que sonhava em se casar com uma profissional da tesoura, digamos assim. Óbvio que havia motivo. Quando criança, a mãe o levou num salão feminino e a senhora que o atendeu – digna figura felliniana – deixou entreabertos alguns botões da parte superior do avental, o que projetou fartas imagens nunca mais esquecidas pelo protagonista. As flagrâncias, o roçar dos seios no seu ombro... Momentos inelutáveis, enfim.

Homem feito, cinquentão de cabelos retintos, encontra finalmente a mulher dos sonhos. Uma cabeleireira, de formas insinuantes e olhar triste. Casam-se numa cerimônia simples e vivem em perfeita harmonia. Tão perfeita que um dia, após amarem-se lindamente, ela resolve tomar uma atitude drástica que vai separá-los para sempre...

(*) No fim do texto de amanhã, eu digo qual é. Se alguém quiser assistir ao filme, melhor não ler a Nota do Autor.

IV.

O Perfume de Lucyenne é menos contundente. Mas, igualmente emblemático de como nós – verdadeiros estraga-prazeres do que a vida nos dá de mão beijada – teimamos em entendemos o caminho da tal felicidade.

A bela e remediada Lu – se me permitem a intimidade – quer o mundo e um pouco mais. Encasquetou com a idéia de ser atriz de cinema. Um dia encontra um homem que lhe vira a cabeça. É um bonitão. Sonhador e aventureiro. Divertido. Vive o presente de forma intensa. Não pensa no futuro. Sequer sabe onde vai estar amanhã.

Encontram-se casualmente num hotel e ele lhe diz que não consegue fazer planos. Apenas vive. E como? Ora, amparado por uma consistente herança de família. Hoje, está aqui, amanhã ali. E assim segue sem destino...

Apaixonam-se e caem no mundo. Mesmo nos momentos mais felizes, Lu tem uma pontinha de tristeza no olhar. O sonho – ou a bobagem – de ser atriz que não realizou...

Preciso dizer que o dinheiro acaba? Mais dia, menos dia, iria acontecer. Lá se vai todo o encanto. Tolinho, o sonhador aventureiro diz que não faz a menor diferença. Resta-lhe o suficiente para pagar a passagem de ambos rumo aos Estado Unidos. Hollywood, precisamente, onde ela tentará a carreira com que tanto sonha. Eles se amam – e é só o que interessa...

Pois sim.

-- Como vamos nos sustentar? – ela pergunta.

-- Trabalho até de entregador de pizza. Quero vê-la feliz. Só assim serei feliz também – diz o incauto rapaz.

Amam-se perdida e loucamente naquela noite.
Na manhã seguinte, porém, cadê Lucyenne...

Alguém aí sabe da moça?

(*) Vejam também amanhã em Nota do Autor, se quiser saber o que a moça fez.

V.

Puerto Escondido mistura comédia e aventura. Trata-se da história de um bem-sucedido gerente de banco na Itália. Ele preza bens materiais como impecáveis ternos Armani, gravatas de seda, o relógio Rolex, o Golf do ano e os cartões de crédito. Ah! Essas maravilhas que tudo nos permitem. Ou seja, curte todos os valores de uma sociedade consumista. Inclusive, deixa para um plano secundário o envolvimento com uma bela donna.

Tudo caminha bem até que um dia qualquer, no banheiro de um restaurante chique, ele é testemunha do assassinato de um comissário de polícia por uma organização criminosa – ou vice-versa. Arma-se então uma tremenda confusão. Há diversos interesses em jogo. Por isso, ele se vê forçado a fugir do País às pressas, pois corre o risco de também ser eliminado. Assim, ele é despachado – sem direito a explicações – para uma ilha nos arredores do México, o tal Puerto Escondido.

Na cena seguinte, vemos nosso herói dentro de um daqueles ônibus antigos, chamados ‘jardineira’, lotado de nativos, bagagens fuleiras, caixas, galinhas, porcos, entre outras bugigangas. Sem saber o motivo que o levou ao exílio, o moço precisa recomeçar a viver num lugarejo primitivo e, para ele, inóspito. O Rolex vai embora na primeira negociação para conseguir alguns trocos na moeda local.. Seus cartões de crédito foram desativados – é hora de se defrontar com uma nova realidade.

(*) Se o mocinho vai se dar bem, assista ao filme ou leia na Nota do Autor amahã., quando apresento as minhas conclusões sobre...

 
 
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Autor: doris cristofani Data: 21/07/2007
Estou aguardando!!!!!!!!!!!
Bjos
 
 
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