Há alguns anos, enquanto estava na Universidade, flagrei um professor amigo meu (mui amigo!!!), em estado de arroubos acadêmicos, a mostrar aos estudantes o que o tal e ilustre Pimpão considerava exemplos de bons e maus jornalistas.
“Na correnteza que me trouxe até aqui, tudo era previsto.”
Surpreendo-me lá pelas tantas páginas do livro O Veterano de Guerra (Gráfica Editora Ibla/1988) quando o narrador das tramas se identifica propositalmente como Ricardo Régis.
Dedico o post de hoje aos meus ex-alunos de Jornalismo; hoje, profissionais bem-sucedidos em diversas áreas da dita Comunicação Social e mesmo para aquele que ainda vagueia vida afora em outras funções nas diversas plataformas e empresas.
Das reflexões do garoto Domingos ao ver o pai e a mãe se separarem em meio à pandemia ao Dom Quixote pós-moderno que descobre que sua amada está prestes a se casar pelo Facebook. Da moça que foi morar na América e sente saudade de quem não deveria ao relato do amigo Nestor que se apaixonou perdidamente por uma mulher que nunca conheceu. Do bebum sonhador e suas divagações numa manhã de sábado aos amantes que resolveram dar um tempo e nunca mais se reencontraram. Do casal que namorava na varanda da casa nos idos do século 20 ao peregrino que se imagina dentro de um presépio em plena noite de Natal.
Eis o fio condutor que mistura realidade e ficção e amarra todos os personagens das oito históriasque compõem o décimo livrodo autor.
Dure o tempo que durar, o amor se basta a si mesmo.