Às vezes, até mesmo o mais experiente dos jornalistas pode vacilar. Ainda mais em se tratando de Ronaldo Fenômeno como tema da reportagem.
Foi o que aconteceu com aquele meu amigo – vou resguardar o nome, até em função de preservar a velha amizade – que surpreendeu o craque, em idos tempos, adivinhem nos braços de quem?
Pois é, meus caríssimos cinco ou seis leitores, vivendo e aprendendo…
Nos braços da então esposa Milene.
Tão surpreso como você, ele ficou. Os ‘pombinhos’ estavam em um restaurante paulistano, como um casal qualquer, na noite de um domingão daqueles. O Fenômeno andava avesso às entrevistas, mas resolveu falar por 20 minutos que seja com o veterano craque das letrinhas, o amigo meu – que, aliás, não vejo há algum tempo, mas sei, pelas matérias que escreve, que vai bem obrigado. (E espero que assim continue, mesmo depois de ler o post).
Não preciso dizer, mas digo: a conversa rendeu. Transformou-se em ampla reportagem de duas páginas, bem diagramada e tal, numa das edições de a tradicional A Gazeta Esportiva, jornal respeitável que circulou em São Paulo por mais de 50 anos.
Foi um sucesso.
As fotos do casal davam credibilidade ainda maior ao texto, de estilo inconfundível – registre-se –, onde o amigo discorreu sobre o momento da carreira, os planos do boleiro e, é óbvio, as juras de amor eterno a Milena.
Pela fama do moço, houve quem desconfiasse na redação – mas, bola para frente.
Vida que segue…
Jornal na banca e, três, quatro dias depois, algumas fotos circulam pelos portais e noticiosos de todo o Planeta. Nelas, o Fenômeno diverte-se – e como! – ao sol do mar Mediterrâneo, num barco, ao lado de uma belíssima morena, uma famosa top-model espanhola.
Olé!
Meses depois, veio anúncio da separação…
Pois é…
Ainda bem que o povão tem memória curta e jornal, no dia seguinte, serve só para embrulhar peixe, como diziam os antigos – e põe antigo nisso…
Como disse, ninguém está impune a esses escorregões.
Comigo se deu algo parecido, mas pior.
Amanhã eu conto…