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A camisa do Faustão

Que roubada, companheiros!

Como pude lembrar dessa história cabeluda?

Passei quinze anos tentando apagá-la da minha memória – quase consegui. Mas, agora estou prestes a registrá-la aqui e em outras memórias, a de vocês, a do computador e consequentemente na do Planeta, do Cosmo…

Ironia das ironias. Porém, não tem como não escrever.

Antes, porém, quero deixar bem claro.

Se acaso não gostarem, devo informar que a culpa, meus senhores, – toda ela, aliás – é da camisa que Faustão usou no Domingão que passou.

Ô loco, meu!

Quem viu, há de se lembrar.

Para quem não teve o privilégio, vou tentar descrever a obra. Mas, sei que ficarei bem distante da perfeição. Era toda ela em tom marinho fosco – gostaram? Com leves arabescos coloridos, em verde, vermelho quase vinho e derivações alaranjadas. Não dá para confiar na minha TV que não é lá essas coisas e já tem um tempinho. Mas, eu diria, sem medo de errar, que algum sofá foi esfolado lá pelas imediações da seção de Figurino da Globo.

Coisas que acontecem…

Por certo, a criação não passou pela consultoria de Glorinha Kalil, aquela moça que fala de moda e elegância no Fantástico. Também não tenho certeza, por isso não posso afirmar, se o apresentador aceitou de primeira. Ou se alguém o convenceu ao lhe confindenciar que, se usasse a dita-cuja, ele também se sentiria “uma grande figura humana, meu”.

II.

O atento leitor deve estar se perguntando – se é que já não desistiu de ler esse post besteirol – que caramba eu vi naquela camisa bizarra? No mínimo, de gosto duvidoso…

Sinceramente?

Também me faço a pergunta, e com um temor maior. Pois prezo minha ilibada reputação e aclamada elegância. Mas, mesmo correndo todos os riscos de perdê-las, sou obrigado a confessar.

O motivo é simples.

Eu tive uma camisa igual aquela. Talvez até um pouquinho mais espalhafatosa, pois a dele é de manga longa. A minha – ai, ai, ai – era de manga ¾. Ou seja, as mangas terminavam uns três ou quatro centímetros abaixo do cotovelo.

Não riam, por favor.

Não riam…

É sério, gente.

Pois eu a achava linda. Diferentaça. Tanto que não tive dúvidas em vesti-la num dia em que – vejam o que é a vida, o que são as coincidências – num dia em que apareci em frente às câmeras de TV em um programa de auditório.

Não criem expectativas exageradas.

Mas, voltem amanhã que lhes conto a história inteira…