A melhor equipe esportiva que conheci pertenceu ao Jornal da Tarde nos idos de 70 e 80, quando o vespertino da família Mesquita viveu os melhores momentos.
Uma delícia acompanhar o noticiário do mundo da bola pelos olhos e textos de um privilegiado time de jornalistas. Edson Scatamachia e Mário Marinho eram os editores. Roberto Avallone, o chefe de reportagem. Alberto Helena, o colunista diário tocando a sua ‘Bola de papel’ e um irretocável time de repórteres – José Eduardo Savóia, Flávio Adauto, Marco Antônio Rodrigues, Odir Cunha, Vital Bataglia e o saudoso Sérgio ‘Alemão’ Backlanos.
Esse pessoal fez escola no jornalismo brasileiro – e muitos ainda estão pela aí, com seus pitacos no mundo da bola. Scatamachia, na produção do Faustão. Avallone, na CNT. Helena, no Diário de S.Paulo e no Bem, Amigos (da Sportv), Marcão (que é meu contemporâneo no Jornalismo da ECA/USP) está no Arena Sportv e o amigo Odir Cunha faz um trabalho de recuperação da memória esportiva no Santos e é autor de vários livros.
Savóia andou pela TV Record, mas hoje não sei por onde. Assim como o Mário Marinho, que foi presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo à época em que lá me filiei, e o Vital Bataglia, que também dirigiu a Gazeta Esportiva ainda em sua fase impressa e foi um dos pioneiros a criar um site exclusivo para os esportes. Chamava-se Olé.
Por que me lembrei deles?
Explico.
Conversei ontem com alguns alunos de jornalismo, todos almejam encontrar o caminho das pedras na cobertura esportiva. Elogiavam este ou aquele repórter, este ou aquele cronista. Mas, esqueciam-se do fundamental. Assim como o futebol, o jornalismo esportivo é também – e sobretudo – um trabalho de equipe.
Achei oportuno fazer o registro aqui. Até para que eles e outros tantos que têm o mesmo sonho, orientem pesquisas e estudos.
Vale também como uma homenagem.
* FOTO no Blog: Camila Bevilacqua
