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A promessa

Retomo hoje a seqüência da breve história das eleições para prefeito da cidade de São Paulo. Retomo, na verdade, por dois bons motivos. Primeiro, pela repercussão do debate de ontem na TV Bandeirantes. Ao que parece, esquentaram os tamborins de acusações e ataques mais frontais. Até o mediador, o jornalista Boris Casoy, saiu algo temeroso com a reação dos candidatos e da platéia, que se manifestou várias vezes. “Pensei que a coisa toda fosse degringolar a qualquer momento”, disse após o programa. Segundo, porque é incontrolável a vontade de meter minha colher de pau nesse angu de caroço. De resto, estamos aí. Já que comecei com a série não há como parar na metade.

No texto de sexta passada, paramos nas conseqüências nefastas da gestão Pitta em São Paulo. A definição que se consagrou – e que ontem surgiu muitas vezes no debate – foi a de que a Prefeitura paulistana se transformou em “terra arrasada”. Marta usou a expressão para definir como recebeu a Prefeitura de Pitta e Kassab disse o mesmo para definir como ele e o atual governador José Serra receberam a Municipalidade das mãos de Marta.

Desconfio que Marta tem mais de razão do que Kassab. Mas, enfim…

No imbroglio Maluf/Pitta, há quem veja – por mais incrível que pareça – um ponto positivo. É que durante a campanha para Prefeitura paulistana de 1996, Maluf apareceu, várias vezes no horário eleitoral, referendando a candidatura do afilhado Celso Pitta:

— Se Pitta não for um bom prefeito, nunca mais votem em mim.

Lembram da promessa? Os paulistanos, ao que tudo indica, acreditaram piamente. Ano a ano, mingua a votação de Paulo Maluf. Depois disso, o político se candidatou para cargos no Executivo cinco vezes – três para prefeito e duas para governador – e perdeu todas. Só se elegeu em 2006 para deputado federal porque alguns insistem em promover assuntos para o CQC…