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Argentina, tricampeã

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Ilustração que recebi no Whatsapp e achei inspirada. Não sei quem é o autor. Mas, não resisti em publicá-la.

Resenha da Copa (10)

Torcida amiga, bom dia!

Como diria o magnânimo filósofo contemporâneo e alquimista Jorge Duílio Lima de Menezes, “chame o síndico – Tim Maia” para administrar as emoções da final da Copa do Qatar.

Um espetáculo que só o FUTEBOL pode nos proporcionar.

Ainda não sei avaliar se foi aquele jogaço em termos técnicos, mas não lembro outra final de Copa do Mundo tão envolvente, tão fantástica…

Haja coração!

E olhem, amigos leitores, que este que vos escreve, lavado e enxaguado nas paixões pelo Planeta Bola, já assistiu a muitas.

Pela TV, sempre.

Que não sou assim um Galvão Bueno, que ontem disse adeus às narrações esportivas.

Mas, acreditem, me diverti a valer.

Confesso, porém, lembro poucas coisas das tais contendas tidas e havidas como ‘históricas’.

A de 1970 me é inesquecível.

Vencemos a Itália por 4×1.

Seguramente, a que me fez mais feliz.

Eu tinha 19 anos.

E quem não é feliz aos 19 anos?

Ainda mais tendo Pelé, Tostão, Gerson, Carlos Alberto a quetais a representá-lo numa Copa do Mundo?

Incomparável.

Em 74, torci pelo Carrossel holandês na final.

Deu a sisuda Alemanha. 2×1.

Achei injusto.

Aos 23 anos, temos lá nosso senso de justiça, digamos, bastante exacerbado.

Ou não?

A Argentina levou em 78 daquele jeito suspeito – e outro tanto dramático. Gol chorado nos minutos finais. 3×1. Outra vez a Holanda ficou com o vice.

Aos 27, restou-me como desculpa adotar um ar de indiferença ‘como campeão moral’.

Aleguei outras preocupações:

“Estou mais interessado na redemocratização do país”.

Em 82, final dos sonhos para os oriundi.

A inspirada seleção italiana de Paolo Rossi atropelou a Alemanha (3×1) – e eu ganhei o bolão do jornal.

Money, money, money.

Ajudou a pagar meu possante Corcel 2 marron.

Ah, meus 30 anos!

Maradona foi o nome da Copa em 86.

Mas, apaguei geral as lembranças do jogo final.

3×2 sobre a Alemanha.

Em 90, o que ficou de marcante para mim foi a expressão de desalento de Maradona após a derrota.

Alemanha, de novo. 1×0.

Fiz quarentinha em dezembro daquele ano. Todo faceiro.

É tetra! É tetra! É tetra!.

Romário e Bebeto.

Zinho, enceradeira.

Jogo arrastado – e o pênalti do Baggio na estratosfera.

São os recuerdos que tenho da Copa de 94.

Pega mal se eu disser que não comemorei?

Pois é…

Não comemorei.

Me achava velhusco pra certas alienações.

Em 98, foi chocante.

A história malcontada do piripaque do Ronaldo e a naturalidade com que a França marcou três gols no Brasil de Taffarel ainda hoje me confundem.

Choque de realidade.

Diria que Zidane foi implacável.

Voltei a ser feliz em 2002.

A família Felipão.

Rivaldo e Ronaldo acabaram com a panca e o reinado da Alemanha.

2×0.

Brasil, pentacampeão.

Aos cinquentinha, eu andava esperançoso.

Novos tempos.

Em 2006, também celebrei o tetra da Itália.

Cuore del mio cuore.

Volta às origens, talvez.

Saudades do pai, certamente.

Pena que não participei de nenhum bolão.

A França foi vice.

Perdeu nos pênaltis.

A Espanha chegou como favorita em 2010 na África do Sul.

O auge do Barcelona.

Xabi Alonso e Iniesta.

O tal encantamento do futebol tic-taca.

Levou o título inédito, mas não foi aquele banho de bola esperado.

Ganhou de 1×0 da Holanda na final.

2014.

Alemanha, devastadora.

Melhor não lembrar.

Passo.

Venceu a Argentina, 1×0.

França, bicampeã em 2018.

Venceu a Croácia por 4×2.

Aparece Mbappé como nova sensação do esporte.

Já era um senhorzinho. Assisti a tudo com, digamos, a sobriedade de quem embicava para os 70.

Por fim – e enfim, chegamos a 2022.

Deu Argentina do jeito que todos vimos (inclusive com o pênalti mandraque que abriu o placar).

Foi, todos reconhecem, o coroamento glorioso para a carreira de Messi.

Para minha surpresa, muitos brasileiros torceram para a Argentina, inspirados no camisa 10, considerado ‘o melhor futebolista’ da era pós-Pelé.

Faz algum sentido.

Mas, na idade em que estou aparecem os vícios e as manias, por isso confabulo, cá com meus botões, à moda Guimarães Rosa:

Muita calma nessa hora.

“A vida dá muitas voltas. A vida nem é da gente”.

Velhinho desconfia de tudo.

Minha seleção da Copa: Martinez (Argentina/apesar da cafajestagem ao receber o troféu de melhor goleiro), Hakimi (Marrocos), Josco Gvardiol (Croácia/apesar do baile que levou do Messi), Upamecano (França), Theo Hernández (França), Amrabat (Marrocos), Modric (Croácia), Griezman (França) e Messi (Argentina), Julián Álvarez (Argentina) e Mbapée (França). Como técnico, eu escalei o Scaloni (Argentina).

E assim…

Voltemos ao rame-rame da vida real.

Pode isso, Arnaldo?

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