Parabéns

Foto: Arquivo Pessoal/Segóvia, Espanha

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Nosso Blog completa hoje 17 anos de existência.

Pausa para um necessário ‘parabéns a você’?

Certamente.

Mas, reconheço, os cumprimentos são todos endereçados aos amáveis cinco ou seis leitores, que, involuntariamente, lá nos idos de 2006, motivaram o meu renitente enfileirar de letrinha e, de certa forma, continuam a me aturar por aqui.

Permitam-me contar (ou recontar) alguns bastidores do passo e do caminho.

Vale a reflexão.

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O Blog nasce como complemento do site que tenho desde 2003. A bem da verdade, era uma plataforma estanque mais para consulta e apoio às minhas aulas nos cursos de jornalismo. Reunia textos meus e de outros autores, fundamentalmente, voltados para a prática do jornalismo.

Depois de 30 anos de vivência nas mais diversas redações, batucando diariamente os teclados da minha possante Olivetti e depois o mastodôntico 386, naquele preciso momento eu-repórter me dedicava única e exclusivamente à labuta na Universidade.

Não preciso dizer mas digo: sentia falta de escrever.

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Andava estranho. Desenxavido, quase triste.

Digamos que era uma causa mais pessoal do que pública.

Dar aula, a docência, foi uma bem-aventurança em minha vida.

Na encruzilhada dos 50 e tantos, sentia-me assim passando o bastão para a garotada.

De certa forma, e bem à maneira deles, a turminha resgatava sonhos e devaneios meus que ficaram pelo caminho e, no fulgor da juventude, poderiam ter uma nova chance

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Não me foi difícil reconhecer que, de maneira geral, esses jovens eram bem mais determinados que eu.

Mesmo assim, e como lhes dizia, faltava-me um pedaço.

Escrever me era necessário.

À época, e mesmo hoje, eu próprio me definia como ‘um cronista de jornal sem jornal’.

Foi dessa carência, e sem ajuda de terapia, que surgiu o Blog.

Hoje, um amoroso ponto de encontro de amigos e afins.

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Registre-se que, nesse longo período, o Blog passou por diversas fases.

Foi mais político, relatou minhas toscas andanças pelo mundo. Falou de futebol, especialmente do meu Palmeiras. Transitou pelas coisas do cotidiano, enveredou pela área cultural. Tratou-se de filmes, livros, peças teatrais e muito de música popular (paixão de vida). E, ousadia das ousadias, entre tantos temas, pôs um pezinho na ficção e cometeu literatices em forma de contos e romances.

Dos onze títulos que publiquei, seis nasceram das bobagens que escrevi aqui neste espaço.

Para o tamanho do escrevinhador, diria: um feito!

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É por aí…

Sigamos.

Nossa reverência e homenagem ao brilhante Edu Lobo que, recentemente, completou 80 anos.

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