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Bons momentos

Uma vez, durante uma aula do pós,
levei um texto e coloquei em discussão…

Era o que nós, estudantes, fazíamos
todas as semanas.Líamos algumas linhas
de renomados acadêmicos e discutíamos
as mil e uma interpretações sobre
o que o tal disse e o que deixou
de dizer sobre tal assunto.

Sempre alguém sacava um nome
mais erudito e solenemente
encaixava entre os apartes.
Humberto Eco era o campeão das
citações. Infalível, a cada sessão.

Por vezes, eu fazia a peraltice
de uma provocação: "em termos de
comunicação me parece que o Sílvio Santos,
o Boni e o Júlio Iglesias entendem mais
do que ele, não é mesmo?"

Ninguém respondia às essas observações…

Bem, nesse dia, levei um texto e
todos se deleitaram com as palavras
do sábio. Ao final, revelei o nome
do dito e todos não sabiam
se riam ou choravam.

O texto era do Oscar Quiroga
que escreve horóscopo no Estadão
e tem alguns artigos sobre
temas relacionados ao dia-a-dia.

Pois é…

Essa introdução nada-a-ver
serve pra dizer que acredito no
alinhamento dos astros e que,
em determinado momento, um grupo
de pessoas vive um momento
de rara preciosidade.

Mas, o momento é bem isso. Apenas
um momento que não se repete à exaustão
ou permanece ininterruptamente.

Reconheço na minha vida, felizmente,
alguns desses momentos plenos
– pois enriqueceu a quem participou
deles como pessoa e profissional.

Trabalhar com o Nasci, na Câmara
Municipal de São Paulo. Algumas equipes
de repórteres que formaram-se na
redação da Gazeta do Ipiranga.
O tempo do Shopping News. Alguns
orientandos de jornalismo…

Há cerca de dois anos,
tive um momento assim com um grupo
de professores e alunos aqui na Metodista.
Editávamos o jornal laboratorial,
Rudge Ramos Jornal. Tenho certeza
que todos os envolvidos se lembram
com saudades dessa boa época.

Nossa!

Não foi há dois anos.
Foi há quatro ou cinco ou mais…

Vigê, "o tempo passa e atravessa a avenida.
O fruto cresce, pesa e verga o velho pé".
Salve Taiguara, lembram dele?
Também teve bons momentos na MPB…

Pois é, e concluindo:

São felizes os que conseguem viver
a busca de novos momentos plenos e
não deixam que aqueles idos e vividos
se percam no vão da memória.

Não só os diamantes, mas há
momentos e pessoas
que são para sempre…

Saibamos, pois, reconhecê-los.