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Brevemente

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Foto Leila Kiyomura

Tem dia que é melhor não escrever.

Ou escrever pouco…

Brevemente.

Um verso talvez:

Nunca busquei viver a minha vida.

A minha vida viveu sem que eu quisesse ou não quisesse.

Só quis ver como se não tivesse alma.

Só quis ver como se fosse olhos. 

(Fernando Pessoa, in Alberto Caeiro)

Ou…

O trecho de uma crônica que nos fez parar no exato instante do ponto final – e se por a pensar na exatidão das palavras que o poeta ou o cronista alinhou uma após outra, após outra…

Entendo que cada um de nós é, acima de tudo, filho das suas obras, daquilo que vai fazendo durante o tempo que cá anda.

(Saramago)

Claro, amiga leitora, amigo leitor, pode ser o verso de uma canção. Daqueles que nos tocam a alma e nos inquietam:

Existimos a que será que se destina?

Hoje me sinto um tanto assim.

Um desconserto fácil e tragicamente explicável por tudo que se lê, vê e ouve.

O Brasil parece ser o único país do mundo onde se olha o futuro e encontra o passado quando ainda imaginávamos/sonhávamos ser o tal país do futuro.

Fiquemos por aqui.

Meus amáveis cinco ou seis leitores não merecem que os aborreça com lamentações e tais e quais.

Não sei se me entendem…

 

2 Responses
  • Arlene Sequeira Martins
    10, abril, 2021

    Creio que.muitos estão também com esse “buraco ” . O passado que agora é um tanto presente e vemos como futuro. Tá difícil enxergar o novo futuro. Mas vamos firmes pois brasileiro não desiste.

  • VERONICA PATRICIA ARAVENA CORTES
    12, abril, 2021

    Brevemente porta!

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