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Dos leitores

A belíssima imagem da Virgem da Alegria, saudada aqui no texto Santa Alegria (26.01.08), está no primeira capela à esquerda de quem entra na igreja São Bento Real em Valladolid – esclarece o leitor Raphael.

E eu agradeço…

II.

Alem dos dois comentários – da Vivian e da Dóris – no post de ontem sobre o Dia da Saudade, registro aqui o recebimento de mais dois emails sobre o tema.

O primeiro diz:

“Li sobre a saudade e gostei ontem revi o homem que amei e a sensação foi a mesma: um gosto de saudade. Ele como sempre, gentil, bonito; na saída veio atrás de mim. Disse que queria conversar, trocar duas palavras. Fomos a um café e conversamos por uma hora; só coisas superficiais. Mas era olhar para ele para lembrar porque eu tinha me apaixonado.

Só uma lembrança…

Era o homem que colocou o mundo aos meus pés e pisou em cima. Enfim, a mesma sensação que você narrou. De encontro e perda, de perda e encontro.”

O segundo me pergunta:

“É a sua história?”

Respondi:

“É a história de todos nós na era do imediatismo, do celular e dos desencontros.”

De alguma forma, o email acima é mais esclarecedor.

III.

E por falar em saudade…

Recebo a notícia por email, do amigo Alec, que morreu o seo Osvaldo da Lanchonete, conhecido pelo saboroso hambúrguer que fazia desde a década de 60, na rua Bom Pastor no Ipiranga.

Foi uma das primeiras lanchonetes de São Paulo e permanece quase a mesma desde aqueles idos tempos. São vinte lugares, se tanto. Mas, desde sempre, se formavam filas enormes de espera.

Ainda lembro dos primeiros posters de artistas que ornamentaram por anos as paredes da lanchonete. Eram de Ursula Andrews, Raquel Welch (ou seria de Brigite Bardot) e do ator Terence Stamp, personagem do intricado filme Teorema, de Pier Paolo Passolinni, que tanta polêmica gerou à época.

Devia ter uns 16 anos quando lá entrei pela primeira vez e provei o tal hambúrguer – novidade em terras nativas. Era o próprio seo Osvaldo quem atendia no balcão – e assim foi até recentemente.

Com o passar do tempo, fiquei seu amigo. Gostava de ouvir as histórias do tempo em que foi jogador do Juventus. Sentia-se orgulhoso quando alguém da sua geração confirmava, sem qualquer hesitação.

— O Osvaldinho foi um ponta-esquerda habilidoso.

Outra alegria era exibir o depoimento, em revista e jornais, de alguma celebridade sobre as qualidades dos seus hambúrgueres. Ficava todo todo e, antes mesmo do bom dia costumeiro, mostrava a revista já devidamente aberta na página onde estava a notícia.

— Você leu?

O Ipiranga nunca mais será o mesmo, sem o seo Osvaldo…

Vai deixar saudades…

IV.

Me ocorre agora que Saudade não tem dia certo, nem hora exata para acontecer. Quer dizer, na verdade, pelo menos nós, os tristes, sempre soubemos disso…