Permitam-me hoje sair um tantinho da rotina.
Quero trocar a crônica do dia por uma indicação, digamos, cultural.
Assistam ao filme ‘Paraíso Perdido’, com direção de Monique Gardenberg.
Em entrevista ao G1, a cineasta baiana (“Ó Pai, Ó/2007) assim o define:
“É um grito de amor e liberdade em contraposição a esse conservadorismo e moralismo que eu não esperava do Brasil.”
A produção tem um elenco mesclado de jovens atores (Lee Taylor, Júlio Andrade, Hermila Guedes, Jallo, Marjorie Estiano, Humberto Carrão, entre outros) e cantores como Seo Jorge e Erasmo Carlos.
E é exatamente por Erasmo que recomendo o filme.
(…)
Aos 76 anos, o Gigante Gentil faz o patriarca de uma família nada convencional, de músicos e artistas, que transformam a boate Paraíso Perdido, com suas vidas desregradas e intensas, em um foco de resistência a todo tipo de preconceito que hoje assola nossa sociedade.
Erasmão, como patriarca, defende como pode suas crias e agregados.
De quebra, a produção traz, como trilha sonora, um representativo naipe de canções românticas brasileiros que lá nos idos de 70 eram conhecidas e consagradas como ‘música brega’. Odair José, José Augusto, Waldik Soriano são alguns dos autores/intérpretes incluídos no repertório.
Vale ouvi-las sem o ranço daqueles dias e os de agora.
(…)
Ah, se me permitem ainda, outra sugestão.
Erasmo está com novo trabalho musical na praça. Chama-se “Amor É Isso…”.
Um trabalho honesto e sensível de um dos grandes nomes de nossa música popular.
Ouçam uma das faixas…
O que você acha?