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Escova, ainda e sempre

Uma indignada leitora me pergunta:

— Aonde já se viu terminar como terminei o post de ontem.

E como terminei o post de ontem?

Fui ler:

— É. Deve haver um ser maior que protege os maridos sensíveis e namoradores.

A frase não é minha.

É do Escova, que se imagina, como ontem e tantas vezes já escrevi, o Dom Juan das quebradas dos mundaréus.

O que pegou para a respeitável leitora, pois se trata este de um blog de família, foi a expressão “maridos sensíveis e namoradores”.

— Onde já se viu repetir uma bobagem, como essa! Quem assim age é um grandíssimo sem-vergonha, não tem nada de sensível. E pior: não tem nada de namorador e, sim, de infiel.

Pois é, meus caros, como já lhes disse, o Escova é meu amigo, mas não tiro um dedo de razão da argumentação da moça.

Sem-vergonha, safo, canalha, cafa e similares era daí para cima que malandro ouvia quando eu, ele e outros desvalidos coabitavam aquele sujinho na esquina da rua Bom Pastor com a Greenfeld, onde o Sacomã torce o rabo e hoje existe a moderna Estação Sacomã do Metrô.

Ríamos das aventuras e desventuras daquele Dom Juan de araque.

Mas, sempre lhe alertávamos:

— Toma jeito, rapaz…

E ele:

— Bem que eu tento, amigos. Bem que eu tento. Mas, querem saber? Não consigo, eu gosto de namorar as moças.

Amante, caso, rolo, peguete, sei lá mais o quê. Escova nunca usou termos, digamos, pejorativos como esses para falar de seus amores impossíveis. Para ele, todas foram, são e serão suas eternas namoradas.

Escova era – e, desconfio, continua sendo – um inveterado romântico. E nosso amigo.

Como não entendê-lo?

** FOTO NO BLOG: Camila Bevilacqua