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Estão todos convidados

Caros,

Temos uma autobiografia aqui no site.

Aliás, tirei dela a epígrafe do novo livro.

Começa com o verso de uma canção do Chico (não sei se ele autorizaria, mas a usei mesmo assim).

Acho que como epígrafe pode:

“Vida, minha vida,
Olha o que é que eu fiz”.

Seguinte:

Ano que vem, março, faço 40 anos de jornalismo.

Um motivo para celebrar, com o lançamento deste Volteios – Crônicas, lembranças e devaneios, que hoje acontece na Livraria da Vila – rua Fradique Coutinho 915, pela Terceira Margem Editora.

Estão todos convidados.

II.

Ao longo desse tempo, passei por um punhado de lugares; redações, assessorias, entre outros. Anos e mais anos em Gazeta do Ipiranga, ao lado de outros tantos jornalistas, com quem cultivei e cultivo uma amizade eterna.

Desaguei na Universidade, um tanto por acaso; outro por sorte. Mais precisamente, fui parar no curso de Jornalismo, onde a sensação de estar passando o bastão para a rapaziada, confesso, me revitalizou e deu novas perspectivas para a minha combalida trajetória de repórter vira-lata.

Os sonhos sonhados que ficaram pelo caminho, eu os vejo, desde então, na iminência de se realizarem nas mãos e nos feitos desses jovens (como um dia fui; certamente mais brilhantes e determinados que eu) que um dia passaram pela sala de aulas e, de alguma forma, me ouviram.

Há algum tempo, apropriei-me do comentário de um amigo e fiz a crônica Cronista de Jornal:

http://www.rodolfomartino.com.br/artigo.php?id_artigo=2296

Acho que é por aí…

Tem uma sincera síntese do que é este insosso escriba.

III.

Na verdade, não sei o porquê escrevo – e escrevo e ainda hoje e agora… escrevo.

Quando comecei no jornalismo, tolamente, pensei que o ‘escrever’ era um ato transformador, de ajudar o próximo. Os longínquos anos 70 eram assim. Enigmáticos, difíceis, solidários. Eu gostava de escrever sobre música popular brasileira, entrevistar os cantores, os compositores, divulgar aquelas canções todas que, imaginávamos, poderiam mudar o mundo – ou mais minimamente o Brasil dos tempos duros.

Foi uma época corrida em que eu queria estar na rua, fazendo reportagens e/ou no jornal fechando páginas e contando a história do mundo.

Para mim, isso era viver.

IV.

Desse caldo todo de experiências mil, penso que resultaram meus três livros anteriores – “Às Margens Plácidas do Ipiranga”, “Meus Caros Amigos – Crônicas Sobre Jornalistas, Boêmios e Paixões” e “Katsumi Hirota – O Homem Que Ajudou a Deus a lhe Ajudar”, além do ebook “Das Coisas Simples, Sensatas e Sinceras”.

Este “Volteios” foge um tantinho dessa influência, é mais autoral. Autobiográfico? Talvez. Não que tenha vivido todas as histórias que ali estão. Algumas, confesso, ganham contornos ficcionais, como Homem de Lata (que ousadia!), a partir de observações que fiz e fatos que, de alguma forma, me emocionaram.

Meus cinco ou seis leitores sabem: tenho uma tendência a ficar imaginando coisas.
Por isso, algumas ganharam um tom mais romanceado. Outras são puras brincadeiras, um jeito de olhar a vida com mais suavidade, sob o prisma do otimismo e do encantar.

(Há dias que são mais difíceis que outros.)

V.

Em certa ocasião, entrevistei o Raul Seixas e ele destacou que nossa existência só vale se deixarmos nossa impressão digital no mundo, com nossa arte, nossas atitudes, nossos gestos.

(A entrevista está no meu primeiro livro e no site)

Como não sei dançar, sapatear, cantar, representar, pintar e bordar, me arranjo como posso registrando minhas crônicas no blog e depois nos livros.

O mais curioso é que tem gente – não muita – que gosta. E eu fico todo felizão quando termino um texto, como agora estou.

VI.

Ficarei mais feliz ainda, se vocês, amáveis leitores, aparecessem por lá – Fradique Coutinho 915.