Foto: Leila Rodrigues
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11 de setembro de 2001.
O mundo nunca mais foi o mesmo depois daquela manhã.
Ficou mais triste – e inescrupulosamente dividido.
Diante das cenas trágicas, houve quem dissesse:
Definitivamente o século 20 acabou.
E o amanhã?
A Deus pertence?
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Outros, atônitos, gostariam de acreditar que todo o terror presenciado não passava de ‘efeitos especiais’ de um blockbuster, desses bem trepidantes, de tirar o fôlego.
Assistíamos a tudo pela TV, petrificados e incrédulos.
“A janela do mundo”, alguém disse.
O mundo pela janela, completei sem me ater ao amplo significado da triste verdade que dizia.
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Ainda tentando entender – e explicar – o tamanho daquele e de outros traumas que se seguiram, publiquei, em 2019, uma coletânea de artigos que escrevi na ocasião, a virada do século.
O título não poderia ser outro:
Pela Janela do Mundo (Ou o Mundo pela Janela).
Hoje, perscruto o passado sem tirar os olhos do futuro e repito para mim mesmo – e para quem me acompanha – dois mantras poéticos e existenciais.
Um de Rubem Braga:
O que vale é o momento.
Outro de Ferreira Gullar:
Não quero ter razão.
Quero ser feliz.
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O que você acha?