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Jordan, e a sina de marcar Garrincha

Via twitter, como manda o figurino dos dias modernos, o craque Zico lamentou a morte de um ídolo pessoal: o lateral Jordan, do Flamengo das décadas de 50 e 60, que faleceu ontem, aos 79 anos, no Rio de Janeiro.

Ressaltou a lealdade com que Jordan enfrentou, em diversas partidas, a imprevisibilidade dos dribles de Garrincha, o gênio das pernas tortas.

Era uma atração à parte o duelo entre os dois nos confrontos entre o Mengo e o Botafogo.

Jordan era um lateral eficiente, de futebol sóbrio e elegante.

Um dos raros que não se transformou em “João” diante da irreverência e da arte do botafoguense.

Outros dois marcadores não deram ‘mole’ para Mané Garrincha, e tinham embates igualmente equilibrados. Foram Altair (do Fluminense) e o saudoso Geraldo Scotto (do Palmeiras). Só que com esses o “bicho” pegava. Chegavam mais fortes, eram especialistas em dar “carrinho” lateral – e não transversal, tipo “voadora”, que ameaça cortar o adversário ao meio. Usavam a ponta da chuteira do pé direito para tocar a bola. Visavam a bola – e só a bola. Claro que, vez ou outra, perdiam a paciência – e apelavam porque Mané era mesmo do balacobaco.

Tirava qualquer um do sério; menos Jordan e a enciclopédia Nilton Santos, que jogava com ele no Botafogo e foi seu melhor amigo nas lides da bola.

Reza a lenda: no primeiro teste que Garrincha fez no Botafogo, enfrentou o grande Nilton, então um craque já consagrado. Sem cerimônia, em uma das jogadas do treino, o ponta tocou a bola no meio das ‘canetas’ de Nilton Santos, sem qualquer cerimônia.

Ao fim dos trabalhos, naquele mesmo dia, Nilton obrigou a diretoria a ‘fechar’ contrato com Garrincha.

— O cara é um monstro.