Perdemos Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), detentor de um Prêmio Nobel da Paz.
Nasceu em Gana.
Morreu na manhã deste sábado aos 80 anos, onde o diplomata viveu por longos anos.
Era um homem de luta – pela paz, pela democracia. Um conciliador que vislumbrou um mundo igualitário e socialmente mais justo.
Um estadista.
O primeiro negro a ocupar um cargo de tamanha relevância na ONU.
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Por falar em ONU, por falar em democracia…
Ontem o Comitê de Direitos Humanos da entidade divulgou solicitação ao Brasil que, em nome da democracia plena, não deve proibir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições próximas vindouras. A manifestação, feita a partir da solicitação formal da defesa de Lula, diz que, enquanto ele não for julgado em todas as instâncias, deve ter os direitos políticos preservados; o que lhe garante inclusive acesso aos meios de comunicação, obrigatoriedade de ter o nome nas pesquisas eleitorais, visitas de conteúdo partidário e participação nos debates.
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Óbvio que o Governo Golpista e seus asseclas desqualificaram o questionamento da ONU – tanto os usurpados ministérios das Relações Internacionais e da Justiça trataram de divulgar “esclarecimentos” no sentido de que o Brasil é um país livre e soberano na aplicação de suas leis.
Acompanhe as reportagens sobre o assunto – e tire as próprias conclusões.
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A minha, vocês já sabem.
Lula é um preso político.
Nossa tenra democracia se esvai pelo ralo.
Comete-se um erro histórico. De difícil reparo.
Minha geração e as que se seguem de imediato, temo firmemente, não verão o almejado Brasil de todos os brasileiros.
Enfim…
Troco meu desalento pela a admiração ao exemplo de serenidade de homens como Kofi Anann, o extraordinário talento de Aretha e por aqueles que, como Barack Obama, ainda se emocionam (e cantam juntos) ao ouvir uma linda canção.
Nestes, eu acredito!
Foto: Moritiz Halger
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