O jornalismo está de luto.
Com pesar, registramos a morte de dois nomes representativos da Imprensa brasileira.
Helle Alves e Ricardo Boechat.
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Pela manhã, leio no site da Folha de S.Paulo a notícia da morte de uma das pioneiras das redações, Helle Alves, aos 92 anos. Morreu ainda em janeiro.
O texto a descreve como uma mulher à frente do seu tempo, destacando-se no jornalismo em um tempo que os homens formavam em ampla maioria as redações.
Outro ponto destacado na seção de obituário: em outubro de 1967, Helle foi enviada à Bolívia para cobrir o julgamento do francês Régis Debray. Preferiu, no entanto, seguir sua intuição de repórter ao perceber uma movimentação diferente dos comandos militares e deslocou-se para o povoado de Vallegrande e, assim, foi a única repórter a testemunhar a chegada do corpo de Ernesto Che Guevara morto durante a guerrilha. Um extraordinário ‘furo’ de reportagem.
O jornalismo vivia de grandes repórteres. Helle era dessa tropa.
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Ainda ruminava a história de Helle Alves quando fui surpreendido por outra infausta notícia: a morte do jornalista Ricardo Boechat, aos 66 anos.
O helicóptero que o trazia de Campinas (onde foi realizar uma palestra) precisou fazer um pouso forçado numa das alças do Rodoanel Mário Covas e acabou por colidir com uma carreta que acabara de passar pelo pedágio local.
Boechat e o piloto, segundo porta-voz dos Bombeiros, tiveram morte instantânea, O motorista do caminhão foi levado para um dos hospitais da redondeza, com escoriações leves.
A morte do jornalista teve ampla repercussão nacional.
Triste começo de 2019.
O que você acha?