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Memórias de um palestrino (3)

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Foto: CBF/Divulgação

Encerro hoje a série de textos sobre minhas memórias campeãs pelo Palmeiras.

Chegamos ao século 21 – e lhes direi que a primeira década foi pancadaça.

Uma ou outra conquista – a Mercosul e a Copa das Nações – na sequência a bucha-mor dos rebaixamentos em 2003 e 2012.

Mesmo os vencedores precisam saber renascer das cinzas – e seguir na lida e na luta.

Faço o registro dos melhores momentos de forma aleatória.

* pela primeira e única vez que me lembre, desisti de ver os minutos finais da partida Palmeiras e Coritiba pela final da Copa do Brasil em 2012 tamanha a minha aflição. Todos os indícios eram de que aquele time do Felipão, sem Valdívia na final, não daria conta de sair de campo campeão como almejávamos. O gol salvador do improvável Betinho após falta cobrada à moda Marcos Assunção garantiu a façanha. Juro que ali pensei em desistir da paixão pelo futebol. Tamanho nervoso que passei.

* quatro anos antes, na conquista do Paulista de 2008, estava mais sussa com o futebol (vivia em tempo integral na universidade, coordenava o curso de jornalimo) – e o título sempre me pareceu em nossas mãos. A vitória de 5 x 0 sobre a Ponte Preta na final só corroborou minhas impressões.

* a Copa do Brasil de 2015 foi a que mais comemorei. Fui ao Allianz Parque com meu filho. O gol do Prass no último pênalti, um explosão de inebriante alegria. Depois do jogo, seguimos em carreata espontânea até a avenida Paulista, onde outra massa alviverde esperava, nas imediações do Parque Trianon, para saudar ruidosamente os carros dos palestrinos campeões.

* tinha ingresso, mas desisti na manhã do domingo de ir ao estádio para o último jogo do Brasileirão de 2016. Minha pressao estava assim_assim. Preferi não correr maiores riscos. Outro herói improvável, o lateral Fabiano, fez o gol da vitória frente à Chapecoense, no jogo que antecedeu à dolorosa tragédia da Chape.

* em 2018, fui ao jogo final contra o Vitória (vencemos por 3 x 0) no Allianz Parque ao lado do meu filho e do amigo Júlio Veríssimo, os três devidamente paramentados com o manto verde. Jogo da morno e festivo da entrega da taça. Já éramos campeões. Gol do Deyvinho no jogo contra o Vasco (1 x 0) na rodada anterior. Foi um domingo de festa. Só lamentamos a presença indevida do Estropício eleito presidente então na cerimônia da entrega da taça. Desnecessário.

* dos três títulos paulistas que conquistamos nos últimos quatro anos, o mais saboroso foi o de 2019, aquele que se decidiu na cobrança por pênaltis. Golaço do menino Patrick de Paula na última cobrança. Bola no ângulo, sem chance para o goleiro Cássio daquele outro time.

* na era Abel Ferrreira de 2020 pra cá, não temos do que reclamar. Nove títulos em três anos. 2 paulistas, 2 brasileiros, 2 libertadores, a Copa do Brasil, a Recopa e a Supercopa. Digo que é um trabalho único no futebol brasileiro. De longa duração, e perfeita identificação com a torcida. Para mim, a equipe de 2022 foi a melhor: Werton, Marcos Rocha (Mayke), Gomes, Murilo (Luan) e Piqueres. Danilo, Zé Raphael, Veiga e Scarpa, Dudu e Rony.

Não sei lhes dizer se é o melhor momento da História do Palmeiras.

Difícil comparar eras tão distintas que o Palmeiras viveu em termos de história, personagens e conquistas.

Temo ser injusto em muitos aspectos.

Assim como é o passo que faz o caminho, é o momento que faz valer a jornada.

O pai me falava emocionado dos feitos daqueles lhe eram contemporâneos.

O goleiro Oberdã. Liminha, o ponta driblador. Humberto Tozi, Mazzola, tantos e tamanhos…

Enfim…

Tem História esse Palmeiras.

Tenho História com o Palmeiras.

Fico com os gols recentes dos heróis improváveis.

Breno Lopez, na Libertadores de 2020.

Deyverson, também na Liberta de 2021.

Murilo, no último lance do heroico 4 x 3 diante Botafogo, neste igualmente improvável e maluco_belez Brasileirão.

Que privilégio ver e viver tudo isso!

Cenas dos próximos capítulos, agora, só na temporada de 2024.

Avante Palaestra!

Sempre.

Fica Abel!

  • O Blog volta na segunda, com nossa programação normal.

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