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O Luizinho que virou Lula*

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Foto: Jô Rabelo

“Este País vai se transformar no país do diálogo” (Luiz Inácio Lula da Silva)

01. O presidente chamado Esperança veio ao Ipiranga na manhã de quarta. Provocou um alegre tumulto em frente à sede de Partido dos Trabalhadores e por onde andou. Fez a barba com o leal Fernando (que garantiu: o presidente eleito é só um pouquinho vaidoso), almoçou na Cantina do Mário e o garoto Bruno Tadeu Saiani, que foi atingido por uma bala perdida, em 30 de agosto, durante um assalto nas imediações da rua aos Patriotas.

02. O presidente também se chama Lembrança sempre que vem ao Ipiranga. Foi aqui, mais precisamente na Vila Carioca, que passou a infância e a juventude. Jogou bola em times varzeanos como o Cruzeiro e o Independência. Divertiu-se nas concorridas sessões dos cines Anchieta e Samarone. ‘Não dá para esquecer o Ipiranga. Tenho um carinho especial por esse lugar’, repetiu inúmeras vezes às pessoas que foram cumprimentá-lo.

03. Foram tantas e tão entusiasmadas que houve momentos em que o presidente precisou se chamar Paciência. Mas, quem esteve por lá garante a este jornalista: que conheceram foi um senhor chamado Sorriso.

04. Mas, o presidente, para alguns ipiranguistas, na verdade é chamado de Emoção. Quem o conhece assim? Ora, os velhos companheiros da Vila Carioca, como Olegário Soares, que ainda hoje trabalha na mesma Metalúrgica Marte, onde o ainda menino Luisinho começou sua vida de metalúrgico e a trajetória que mudou a História do Pais. Ambos ficaram décadas sem se ver. Mas um dia, reencontraram-se num comício. “Ele veio ao meu encontro e nos abraçamos. A emoção foi grande. Éramos amigos. Lembro o dia em que ele feriu o dedo no torno. Foi muito triste. Hoje, ele está rodeado de muitos companheiros, que é como todos se tratam no partido. Mal, eu fui o primeiro.

05. Aliás, o próprio Olegário reconhece que o presidente em todos os momentos sabe chamar Amizade. Sua história comprovas a coerência e os propósitos de vida. Ele nunca negou sua condição de operário, de metalúrgico, de pernambucano do sertão de Caetés. E é para todos os brasileiros que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer governar. Para isso, tem o aval de 52 milhões de votos. Na verdade, desde domingo, o País voltou a se chamar Nação, mas atende com muito mais confiança e alegria quando o chamam de Todos Nós.

….

* Texto publicado em novembro de 2002, na coluna Caro Leitor, do jornal Gazeta do Ipiranga. Recém-eleito para o primeiro mandato presidencial, fez uma inesperada visita ao barbeiro e amigo Fernando nas imediações do Parque da Independência.

Quem diria que 20 anos depois eu revisitaria esse texto igualmente emocionado e repleto de esperança de que o Brasil tenha dado um considerável passo como Nação contemporânea, democrática e firmemente compromissada com a justiça social e a fraternidade.

* Um adendo:

Há um longo, árduo e sinuoso caminho pela frente…

Não fizeram o que fizeram a partir de 2013 para abrir mão do Poder de forma civilizada.

O que nos une e fortalece é estarmos do lado certo da Causa Cidadã.

1 Response
  • Leila Kiyomura
    2, novembro, 2022

    Muito bom lembrar o “Caro Leitor” humano, verdadeiro, solidário, histórico. O Ipiranga foi um dos bairros que elegeram Lula …
    Agradeço a esperança.

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