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O Pequeno Notável

Foto: Divulgação

Ainda hoje me emociono ao ouvir os dolentes sambas como “A Flor e o Espinho”, “Folhas Secas”, “Quando Eu Me Chamar Saudades”, entre outros.

Coisas da idade, há quem diga.

Você é um nostálgico, me diz o outro.

É certo que nosso Blog tem me garantido a pecha de “convicto saudosista”.

Pois bem…

Agradeço a todos pelo zelo e cuidado com as delicadezas deste humilde senhor de 72 anos.

Mas, encaminho todos os louvores dos meus sentimentos à magnânima obra de Nelson Antônio da Silva (1911/1986), o pequeno notável Nelson Cavaquinho.

Confesso que só atentei para a obra do compositor carioca lá pelos anos 70 após entrevista coletiva com Beth Carvalho, na sede da gravadora RCA Victor, nas imediações da rua Veridiana, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo.

A bem da verdade, justiça se lhe faça, Beth foi a principal responsável pelo resgate de sambistas como Nelson, Carlota, Carlos Cachaça e contemporâneos que andavam longe da mídia e do grande público.

Mesmo naqueles obscuros tempos ditatoriais – quando, por vezes, dávamos mais importância ao engajamento do que ao lirismo das canções – foi impactante a descoberta de um autor de estilo único e sofisticadas harmonias sonoras, que primavam pela simplicidade e pela beleza.

Certa vez, fui entrevistá-lo para divulgar sua participação no Projeto Seis e Meia, do Sesc.

Não rolou propriamente uma entrevista.

Os repórteres fizeram uma roda em torno do compositor no saguão de um hotel paulistano.

E ele, munido de um violão, se pôs a repassar os tais sambas que nos pareceram tão eternos quanto aquele senhor de cabelos grisalhos, voz frágil e sincera.

Que desde então se dizia chamar saudades.

Em 1973 – portanto, há 50 anos -, o poeta gravou seu primeiro álbum de estúdio, pela Odeon, reunindo a primeira linha de suas canções.

Minha favorita é a que fez em parceria com Guilherme de Brito.

Ouçam…

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