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O que nos salva…

Escova me telefona.

Pede que eu não estranhe.

“Telefone foi feito pra falar – então, eu não mando recado. Vou ligando, e pronto. Esse negócio de whatsapp, msn e que tais não é comigo”.

O amigo quer botar reparo no que ontem escrevi.

Como meus cinco ou seis amáveis leitores bem sabem, Escova se arvora a ombudsman deste modesto e pouco lido Blog.

E mais uma vez quer fazer valer essa condição.

Ouço em silêncio a observação do ex-dom Juan das Quebradas do Sacomã.

Ele começa contando uma historinha.

– Você, que tanto gosta das músicas do Benjor, lembra-se de que, certa vez, em uma entrevista o Caetano Veloso disse que admirava o compositor carioca pela originalidade de sua batida e também porque ele (Benjor) nunca houvera feito uma música triste?

Claro que lembro, respondi,

Lembro mais: Caetano o considerava o autor de “Mais Que Nada” o maior poeta contemporâneo em Língua Portuguesa.

II.

Exageros à parte, pergunto ao Escova o que isso tem a ver com o Blog.

Afinal, estou a milhas e milhas de distância das competências e habilidades de ambos na arte e no ofício de alinhavar letrinhas. Sou um escrevinhador de araque, um contador de causos…

– Sei, sei… Já ouvi essa cantilena tantas e tantas vezes. E até entendo – me diz o amigo. – Mas, o que quero lhe alertar é o seguinte: as pessoas que procuram o Blog, tenho certeza, não pretendem encontrar ali o tom lastimoso e de catástrofe anunciada que permeia os noticiários de hoje em dia. Portanto, amigo, quando o senhor estiver desacorçoado com tudo e com todos, como estava ontem, invente uma historinha daquelas, conte um causo, lembre uma canção ou simplesmente replique uma crônica antiga… Estamos conversado?

III.

Peguei pesado ontem? Nem percebi.

Digo que vou tentar, mas não prometo.

Ao se despedir, Escova faz um novo alerta:

– Não perca o humor dos velhos tempos, amigo. É o que nos salva…