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Pisada de elefante

Em briga de elefantes, quem sofre é a grama.

Não sei se o provérbio é hindu ou indiano.

Também, na onda da novela, parece que tudo começa e termina no distante país.

De qualquer forma, a verdade que o dito esprime cabe perfeitamente para explicar o midiático enfrentamento entre as duas titãs das redes de TVs brasileiras.

Globo e Record trocam farpas e acusações em horário nobre.

Digladiam-se nos telejornais e, muitas vezes, deixam o interesse público em segundo plano. O que, convenhamos, não é bom para a tenra democracia que estamos a construir. Especialmente porque, por vezes, prevalece um tom de fanatismo que não condiz com a essência do bom jornalismo.

Se adicionarmos a esse contexto o descrédito de algumas instituições públicas – a crise do Senado é a mais notória, mas não a única –, não duvido que significativa parcela da população parta envolta, em alto grau de desalento, para as eleições presidenciais de 2010.

Seria preferível que os eleitores fossem mais conscientes do peso e do valor do ato de votar. Coisa que, aliás, não combina como chumbo trocado, de grosso calibre, que ora assistimos e que pode chamuscar indelevelmente a réstia de esperança que temos de construir um País melhor e mais justo.

Viver sem esse sonho é mais doído do que uma pisada de elefante.

Foto no Blog: Jô Rabelo