Foto: Preta Gil/Divulgação
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Morreu Preta Gil.
Jovem ainda para os parâmetros dos índices de vida atuais.
Uma passagem precoce, portanto.
Tinha 50 anos.
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É uma idade bem simbólica.
Eu a entendo assim.
É o exato momento em que podemos olhar para trás e avaliarmos o que fizemos e o que deixamos de fazer. Olhamos as conquistas, as perdas. O passo e o caminho. Os sonhos que realizamos e os que estão por aí. Ao alcance de nossas mãos. Ao alcance do nosso fazer acontecer.
Para pessoas com a dimensão de luz que Preta Gil sempre soube exibir muito a fazer.
O embornal de sonhos e realizações (ou mesmo reformatação) está repleto.
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Não sou próximo dos fazeres artísticos de Preta Gil.
A moça me chegou pela admiração irrestrita que tenho a seu pai, o mago de todos os sons e versos, Gilberto Gil.
Inevitável, não.
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Mesmo assim, e pelos relatos emocionados que fazem hoje o contingente diversificado de amizades que Preta Gil espalhou mundo afora, eu a via nesse estágio de vida.
Amizades que se dizem – e eu acredito – eternas.
“De outras vidas”, ouvi, certa feita, a expressão e ainda hoje a cultuo.
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A triste notícia de sua morte levou-me a essa reflexão sobre encontro que temos no transcorrer da jornada de cada um.
Há pessoas que permanecem em nós.
São presenças contínuas e intermitentes.
E assim cintilam mesmo quando, por um motivo ou outro ou mesmo pelos irrevogáveis desígnios de um senhor chamado Tempo, se fazem distantes.
Tornam-se doce lembrança e insinuante saudade.
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Me parece, pelo que leio no amplo e carinhoso noticiário, repito: Preta tinha o dom da celebração da vida e da amizade.
Amizade que, dizem os entendidos d’alma humana, é a mais bela forma de conjugar o verbo amar.
Descanse em paz, moça.
Gil e familiares de Preta, aquele abraço!
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Drão faz parte da trilha sonora de “Em Casa Com os Gil”, reality Original do @PrimeVideoBR que, em sua primeira temporada, reuniu a família Gil em sua casa na serra/2022.
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Bruno Roberto Padovano
21, julho, 2025Que linda homenagem, Rodolfo. Certas pessoas como Preta não morrem, apenas afirmam sua imortalidade ao deixarem seu viver. No caso dela, a parceria com seu monumental pai Gil é tocante, emocionante, eterna.
Que terrível sofrimento para um pai enterrar sua filha. Mas a música popular desta qualidade vence a morte por celebrar a vida e o amor…o som que faz a imortalidade vibrar…no ritmo da Liberdade.