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Sobre o debate que não vi…

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e outros que não verei

Debate entre presidenciáveis?

Sim.

Não tratei deste inaudito assunto aqui no Blog – e, aviso aos navegantes, não tratarei, pois me é cada vez mais desconfortável tratar do tema eleições.

Não assisti ao tal debate. Muito provavelmente não verei outros que virão com o apelo de “inestimáveis” para a formação da opinião pública.

Não os acho tão inestimáveis assim.

Os nomes que pleiteiam à Presidência – ai, de nós –, eu bem os conheço.  Não será a tal tribuna eletrônica que me fará ir por esse ou por aquele caminho na hora do voto.

Ao contrário, pelo que ouço de alguns amigos e leitores, “a coisa toda virou um circo” no encontro de quinta à noite. O objetivo maior é que as falas e posições repercutam nas redes sociais.

Há quem me garanta que, neste pleito, serão as tais “redes sociais”  _e não a TV_  que irão determinar o encaminhamento da opinião pública.

Quem aqui me acompanha, meus raros leitores, sabe que não alento qualquer certeza sobre os descaminhos do nosso país depois do Golpe.

Nossas instituições, que deveriam ser nossa voz e nosso amparo, andam fragilizadas e a serviço de outros tantos interesses que não os da democracia e o bem comum.

Como não tenho vocação pra ficar pregando no deserto, e sei também que este não é propriamente a proposta de nossas conversas diárias, deixo este recado nesta segunda gelada e triste. Segunda em que também registro, com pesar, o falecimento do jornalista Cláudio Weber Abramo, fundador da ONG Transparência Brasil, criada para dar sustentação ao combate à corrupção.

Foi ontem, aos 72 anos, em São Paulo.

Meus sinceros sentimentos aos familiares.

E ao bom jornalismo.

*Foto: Kelly Fuzaro

LEIA TAMBÉM: a história dos debates na TV

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