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Sozinhez

Foto: Jô Rabelo

Já lhes disse aqui que tenho um livro de poemas – O Gesto, de Mauro Salles – que funciona como um oráculo bem pessoal.

É uma verdadeira preciosidade.

Está sempre à mão, ali, naquela pilha de livros de autores diversos – Braga, Quintana, Borges, Millôr, Lygia e o Manual do Plano de Saúde – que têm lá a mesma função.

Quando as inevitáveis coisas da vida apertam, recorro às suas páginas, a esmo e sem qualquer pudor, para que me embalem e deem um norte à serenidade prestes a se perder.

Do livro do Salles, extraio hoje dois poemas onde o autor reverencia o compositor Geraldo Vandré e o cronista Paulo Mendes Campos.

Me pareceram tão próximos aos nossos dias que, mesmo sem maiores referências, resolvo compartilhar aqui no Blog.

Reparem:

CANTO PARA GERALDO VANDRÉ

De que vale o canto

se não houve o gesto

de redenção

De que vale a voz

se não há lembranças

de gritos libertos

De que valem os passos

se todos chegamos

a porto nenhum

RECADO A PAULO MENDES CAMPOS

Paulinho, obrigado

por teres sofrido

por teres chorado

por teres nascido poeta

e inventado a palavra sozinhez

que tanto me faltava

Música e letra de Geraldo Vandré

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