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Tom Zé, o acadêmico

Foto: Divulgação/site oficial de Tom Zé

Fico feliz ao ler a notícia:

O cantor e compositor Tom Zé, 85, foi eleito na tarde da última terça-feira (27) como o mais novo imortal da Academia Paulista de Letras. Ele teve 32 votos dos 35 votantes para ocupar a posição na entidade. ,

Não que eu me ligue muito nessa coisa de “imortais pra lá”, “imortais pra cá” e isso e aquilo e aquel’outro.

Vejo, no entanto, na escolha (e na quase unanimidade de votos) o reconhecimento (ainda que tardio e em nível seleto) da obra desse baiano de Irará, inquestionavelmente um dos grandes nomes da chamada ala progressista de nossa música popular.

Um dos fundadores do demolidor movimento Tropicalista, ao lado de Gil, Caetano e outros tais, Tom Zé não recebeu a atenção devida ao longo de quase sete décadas de indomável carreira.

Vale dar um recorte-e-cola no site oficial do artista para saber como ele retoma a carreira depois de ser relegado ao esquecimento pela mídia tradicional nos anos 80 e 90:

Quando Tom Zé se preparava para deixar a carreira musical, por dificuldade de sobrevivência, o músico David Byrne, de passagem pelo Rio de Janeiro, descobriu o disco ‘Estudando o samba’ e, ao fundar o selo Luaka Bop em Nova York, teve Tom Zé como seu primeiro contratado. O cd ‘The best of Tom Zé’ foi listado, em seu lançamento, entre os melhores discos do ano de 1990, pelo jornal The New York Times. Em 99 a revista Rolling Stone o colocou entre os melhores discos da década. A renomada companhia de dança brasileira, o Grupo Corpo, tem dois brilhantes trabalhos de Tom Zé entre suas trilhas sonoras especialmente compostas: Parabelo (parceria com José Miguel Wisnik, 1997) e Santagustin (parceria com Gilberto Assis, 2001). Com defeito de fabricação, cd de 1998, projetou o compositor também como performer numa turnê americana. As turnês europeias confirmavam autor e repertório como alvo de interesse do público e da grande crítica internacional. O cd recebeu remixes de artistas como Sean Lennon, Tortoise e Stereo Lab.

Bem-aventurado David Byrne que resgatou Tom Zé do limbo do esquecimento.

Bem-aventurado Sr. Imponderável de Almeida que assim o fez acontecer.

Bem-aventurados todos nós que pudemos ver e ouvir o mago Tom Zé em plena forma pelas décadas seguintes,

Parabéns, Academia Paulista de Letras pela escolha tão adequada para ocupar a cadeira que foi do inesquecível Jô Soares.

E vida longa ao Poeta que mais cantou – e se encantou – pela metrópole.

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