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Uma luta que é de todos…

Reprodução

Minha reverência ao 20 de Novembro – Dia da Consciência Negra.

Hoje e sempre!

Uma luta que é de todos…

O QUE SIGNIFICA A DATA

“Ao ser morto, Zumbi dos Palmares teve a cabeça cortada, salgada e exposta em praça pública.

As autoridades portuguesas queriam desmentir a lenda de que ele era imortal.

Naquele ano, Pedro II de Portugal premiou com 50 mil réis o capitão responsável pelo assassinato.

Desde 2011, a data da morte do líder quilombola passou a ser celebrada como o Dia da Consciência Negra.

A data foi cravada no calendário nacional neste dia específico após a luta de muita gente, de ativistas a intelectuais, que queriam fazer o Brasil refletir sobre como trata a população negra e buscavam estabelecer os próprios marcos temporais e referência”.

Clique aqui AQUI para ler a íntegra da reportagem do UOL.

TRIBUTO

Tinha por volta de 16 pra 17 anos. Não morava mais no bairro operário do Cambuci. Mas, vez ou outra, pegava o bonde ou o ônibus elétrico e aparecia nas quebradas da Muniz de Souza. Meus amigos de infância ainda andavam por lá, salvo um ou outro que, assim como eu, haviam se mandado para outras paragens.

Mesmo assim, difícil lhes descrever, formávamos um mundo à parte. Vivíamos, sem saber, o lema dos mosqueteiros:

Um por todos. Todos por um.

E olhem que éramos bem diversos.

Havia representantes de todas as raças e credos e times de futebol, entre outras questões.

Gostávamos de acompanhar os ensaios escola de samba (desconfio que ainda era cordão) Império do Cambuci que, nas tardes de domingo, percorria lenta e cadenciadamente a Muniz de Souza até chegar Concha Acústica do Jardim da Aclimação.

Era ali que o couro e o samba comia solto:

Sereno da madrugada

Quem mandou você cair

Atrapalhou a batucada

Do Império do Cambuci”

Rubinho era o mestre da bateria, e comandava a turma no apito.

Darci, um dos nossos, tocava contra_surdo – e, para nosso orgulho, era o responsável pelo solo do breque da bateria.

Foi ele que nos fez prestar atenção no samba diferente que o carioca Jorge Ben tocava:

“Presta atenção, rapaziada. Repare. Ele fala por nós.Por todos nós”.

Darci sabia das coisas…

Digamos que era nosso guru musical.

E é pra ele, pro Claudinho Zeola, irmão do Toninho e do Simeão ecunhado do Waltinho (“ai minha Samta Catarina”), para os saudosos Paulinho da Bahia e João (o dono das camisas e do time), pro Bilex, o contador de histórias, pro Nestor, pro Betão e pra toda aquela turma que eu dedico o post/homenagem de hoje…

Não sei lhes dizer exatamente o motivo. Mas esse hino de luta do Simonal me emociona às lágrimas toda vez que ouço.

E me faz lembrar aqueles tempos em nos sentíamos todos irmãos. A compartilhar fraternalmente a vida e as canções.

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