Vozes da paz sob a janela do Papa

Foto: Praça São Pedro, sábado, dia 13/Facebook de Andreia Bocelli

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Sigo as orientações do mestre e mentor deste Blog, o amigo Escova.

Direto dos arredores de Paris “onde se esconde”, ele me encaminha o vídeo completo (disponível no YouTube) do espetáculo “Grace for the Word” que aconteceu na noite de sábado (dia 13) na Praça de São Pedro e transformou o Vaticano em palco de música e luz.

“Foi lindo, Rudi. Vi no telão de um bar, perto da casa da minha filha. As pessoas se emocionaram. Ao que parece, amigo, nem tudo está perdido.”

Somos velhos amigos. Há 50 anos e tralalá habitávamos fraternalmente a velha redação. Éramos, então, jovens repórteres, digamos assim, a compartilhar reportagens, conversas vadias e as benditas aflições por um mundo “socialmente mais justo e fraterno”, a palavra de ordem que a chefia (leia-se o velho Tonico Marques) repetia à exaustão.

“Faz ao menos um registro no Blog”, me zapeia o Escova. “Deixe que o noticiário do dia escancare as tristezas do mundo sem rumo e sem prumo que hoje vivemos. É sempre bom um respiro que seja de fé e esperança. Concorda?”

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Nunca fui de discordar dos amigos. Ainda mais o Escova, companheiro das minhas primeiras jornadas no ofício de reportar e escrevinhar.

Mesmo assim e por vias das dúvidas, antes de assistir ao grande show, dei uma espiada básica na ficha técnica do evento:

“Pharrell Williams e Andrea Bocelli codirigiram o megaconcerto gratuito que celebrou o Encontro Mundial sobre a Fraternidade Humana e o Jubileu do Vaticano de 2025.”

.“Estrelas globais, incluindo John Legend, Karol G, Angélique Kidjo, Clipse e Teddy Swims se juntaram a Bocelli e Williams, acompanhados pelo coral gospel Voices of Fire e pelo Coral Diocese of Rome, sob a direção musical do vencedor do Grammy Adam Blackstone.”

“Organizado pela Fundação Fratelli Tutti, o evento celebra ‘a força da fraternidade’ e, segundo o Vaticano, lança ao mundo um abraço simbólico e um renovado compromisso coletivo com a proteção da Criação.”

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Em comunicado à impressa, Andrea Bocelli destacou:

“Através da música, vamos lançar uma forte luz sobre a humanidade diretamente do coração do cristianismo e da mais importante praça espiritual, levando ao mundo inteiro uma única mensagem de fraternidade e paz”.

Foi a primeira vez que um show aconteceu na Praça São Pedro.

Estima-se que mais de 200 mil pessoas estiveram presentes na plateia.

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Isto posto, minhas impressões.

Assisti à íntegra do espetáculo na noite de ontem (como disse acima, e só lembrando, está disponível no YouTube) – e gostei do que vi nas duas horas e pouquinho de música e palavras de fé e esperança. Sim, porque entre um bloco e outro de canções, personalidades do mundo todo foram convidadas para dar um valioso testemunho de perseverança no futuro da Humanidade.

Para mim, boas surpresas foram as participações de Il Volo e Jennifer Houston. Sendo bem sincero, além de Bocelli, eram os únicos intérpretes que conhecia.

Também me surpreendeu positivamente a criatividade dos painéis luminosos que, feitos com drones, encantaram a todos a brincar no céu do Vaticano durante a apresentação dos artistas.

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“Eis uma nova forma de arte”, me disse o Escova.

Talvez seja mesmo. Possibilidades artística, a partir das novas tecnologias, são infinitas.

Mas, cá comigo, nunca conseguirão superar o dom e o sentimento humano.

Confesso que me encantei com a visão do rosto do Papa Francisco a enfeitar o céu e surgir sobre a abóboda da basílica de São Pedro.

Mas, o dueto de Bocelli e Jennifer foi um transbordar de emoções, inigualável.

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Se tiverem um tempinho, e os amigos-leitores tiverem interesse, assistam! Vale o momento.

Afinal, sempre bom ler o Escova por aqui.

No mais, como escreveu o filósofo alemão Friedrich Nietzsche:

“A arte existe para que a realidade não nos destrua”,

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TRILHA SONORA